Associação Brasileira de Pesquisadores de
Comunicação Organizacional e de Relações Públicas

XIII Congresso Abrapcorp – Sessões Grupos de Trabalho

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GT 1. Comunicação, ética e alteridades em processos relacionais de subjetivação e conflitos no ambiente organizacional

Coordenação: Profa. Dra. Ivone de Lourdes Oliveira (Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais/PUC-MG)
Vice-coordenação: Profa. Dra. Ângela Cristina Salgueiro Marques (Universidade Federal de Minas Gerais/UFMG)

Dia 08 de maio de 2019
Horário: 14h às 18h


Sessão 1: Ética, valores e subjetividades


Olhar/Pensar a Comunicação Organizacional na Perspectiva da Ética, da Subjetividade, da Alteridade e do Conflito

Ângela Cristina Salgueiro Marques (UFMG), Ivone de Lourdes Oliveira (PUC-MG)

Resumo: O artigo visa abordar as distinas dimensões conceituais que caracterizam as vulnerabilidades e desigualdades que se manifestam situacionalmente e relacionalmente em contextos organizacionais, revelando processos de injustiça articulados à fabricação constante e paciente de formas de vida que resistem a opressões e violências diluídas e naturalizadas nas experiências cotidianas. Argumentamos que vulnerabilidades existem em contexto e estão ligadas a expectativas normativas, discursos, enquadramentos epistemológicos e institucionais, arranjos sociais, relações de dominação, naturalizações de assimetrias e ideologias. Por isso mesmo, toda forma de vulnerabilidade possui dimensões éticas e políticas que requerem que pensemos sobre a manifestação e expressão de sofrimentos (sobretudo morais), desejos e necessidades; e a subjetivação de sujeitos políticos em suas redes interacionais de suporte e resistência, principalmente nos contextos institucionais e organizacionais.

Palavras-chave: Ética; Alteridade; Vulnerabilidades; Reconhecimento; Subjetivação Política.

A pesquisa em ética nas organizações: resultados preliminares de um estudo parcial da produção acadêmica (2008-2018).

Fernanda Queiroz Rivelli (Cásper Líbero), Luis Mauro Sá Martino (Cásper Líbero)

Resumo: De que “ética” estamos falando na pesquisa em Relações Públicas e Comunicação Organizacional? Essa questão emerge da crescente importância da ética nas organizações, envolvendo direta ou indiretamente os setores de comunicação. Este artigo apresenta os resultados parciais de uma pesquisa que examina artigos, dissertações e teses sobre o assunto publicadas entre 2008 e 2018, destacando os temas, métodos e teorias. A interpretação dos dados até agora sugere que (1) a maioria dos textos não discute a noção filosófica de ética, mas articula o conceito a partir de uma definição etimológica tomada como fundamento;(2) o método principal é a reflexão teórica entremeada com exemplos, seguido de entrevistas estudos de caso; (3) as referências são principalmente a partir de autores da Filosofia e Administração: os estudos de comunicação ocupam em torno de 30% das referências. Esses elementos são analisados no contexto de pesquisas anteriores sobre epistemologia da comunicação.

Palavras-chave: Ética; Comunicação Organizacional; Epistemologia; Relações Públicas.

Marca Pessoal: Uma Reflexão Sobre a Produção De Subjetividades na Perspectiva da Reputação Profissional

Scheila Magri (ESPM)

Resumo: Este trabalho tensiona a “boa reputação” e a “força vital” a partir da marca pessoal. Partindo de uma reflexão sobre reputação, seus ideários morais e sentidos sociais, faz uma análise acerca de produções de subjetividades no contexto profissional, levando em consideração os “autogestores da imagem de si”, mergulhados na dinâmica promocional das marcas no sistema capitalista. Ao discorrer sobre as práticas de comunicação e consumo apoiadas pelo chamado “coaching midiático” apresenta a análise sobre as regras para a criação da “marca pessoal” publicado no portal UOL e na revista Forbes. Discute, como consequência, a empregabilidade e o fantasma da inutilidade, bem como seus efeitos na convocação midiática da reputação profissional. Por fim, aponta, algumas formas de subjetividades alternativas que afloram a partir de vivências singulares, éticas.

Palavras-Chave: Ética; Reputação profissional; Marca pessoal; Comunicação e consumo; Subjetividades.

Valores globais ou locais? O Caso do Conferp na Defesa de uma Conduta Profissional Ética no Brasil.

Nathalia de Pinho Pereira (Universidade da Beira Interior)

Resumo: O tema da ética tem estado no centro da teorização sobre as relações públicas. Vários autores procuram responder à questão ética que paira sobre a própria missão desta profissão: como podem as RP conciliar valores que são aparentemente inconciliáveis? Neste artigo, optamos por discutir o tema da ética a partir da perspectiva das associações e dos conselhos profissionais. Partindo de uma breve análise da evolução e da regulamentação da profissão no Brasil, direcionamos a nossa atenção para o Sistema Conferp e para o seu papel na defesa de uma prática ética das RP. Para melhor compreender este papel, analisamos o seu posicionamento normativo à luz do Global Principles of Ethics da Global Alliance. Com a nossa pesquisa identificamos que os 16 princípios globais da GA se encontram refletidos e, em larga medida, no código de ética do Conferp, e que ele desempenha um papel ativista.

Palavras-Chave: Ética; Relações Públicas; Global Alliance; Conferp; Brasil

Comunicação nas organizações: ética, cosmética, ou ambas?

Tainah Schuindt Ferrari Veras (Unesp), Maria Eugênia Porém (Unesp)

Resumo: Resumo: A comunicação é fundamental para a existência humana e para a perenidade das organizações. Adicionalmente, também é basilar que as empresas se relacionem com os públicos de forma ética ao mesmo tempo em que sejam vistas como relevantes por eles. Diante disso, esse artigo pretende tensionar os conceitos de ética e cosmética para demonstrar, por meio desse jogo de palavras e à luz de uma perspectiva social de Relações Públicas, como essas noções podem contribuir tanto para ampliar o protagonismo atribuído à comunicação quanto para promover transformações sociais. Os resultados indicam que é preciso pensar sobre a coexistência entre conceitos como caos e ordem, ética e cosmética, ao invés de necessariamente optar por um ou outro dentre eles, e que assim, é possível promover mudanças no dia a dia dos indivíduos, da organização e da sociedade.

Palavras-Chave: Comunicação; Relações Públicas; Organizações; Ética; Cosmética.

Dia 09 de maio de 2019
Horário: 14h às 18h


Sessão 2: Vulnerabilidades, resistências e responsabilidade

Afinal, o que é Comunicação com Empregados?  

Bruno Pacheco Carramenha (FAAP)

Resumo: A Comunicação Interna (nomenclatura amplamente utilizada por teóricos de Relações Públicas e de Administração) apresenta dissidências de entendimentos fundamentais na sua conceituação por parte dos autores que a estudam. Neste ensaio, objetiva-se compreender o espaço contemporâneo de estudo desta disciplina, a partir de um olhar ao campo da Comunicação. A revisão bibliográfica revela que a dicotomia funcional-interpretativa da qual padece o campo das Relações Públicas apresenta contornos próprios e de difícil delimitação quando se trata da produção acerca da Comunicação no contexto das organizações voltada a empregados. Por fim, propõe-se uma crítica à tradicional denominação desta área como forma de ressignificar o campo a partir do que se considera uma perspectiva mais contemporânea das relações organizacionais, que prescinde do aspecto geográfico do “interna” da Comunicação.

Palavras-Chave: Comunicação com Empregados; Comunicação Organizacional; Diálogo; Estratégia.

#UERJResiste e Opinião Pública: Marginalidade e Resistência da Universidade Pública

Andre Luis Cardoso Tropiano (UERJ)

Resumo: Este artigo busca entender a crise da UERJ e a atuação do movimento social em rede #UERJResiste. Para tanto, realizamos uma breve controvérsia sobre a situação da universidade e sua relação com a esfera pública. A metodologia adotada toma o pesquisador em suas vivências com o objeto de estudo, caminhando pelos espaços on-line e off-line, conforme sugere Gomes e Leitão (2017) numa etnografia-stalker, destacando os principais acontecimentos. Constatamos que #UERJResiste teve função primordial de influenciar a opinião pública através da mídia de massa a adotar uma postura em defesa de sua causa, evidenciado pela reportagem “Um Mês na UERJ”, produzida e exibida pela Rede Globo. Tratamos de uma reflexão oriunda de uma pesquisa em andamento sem pretensão de respostas conclusivas.

Palavras-Chave: Opinião pública; Marginalidade; UERJ; Resistência; Facebook.

Entre o Inteligível e o Sofrimento: Análise da Comunicação Oficial da Samarco e da Vale Imediatamente Após o Rompimento das Barragens em Mariana (2015) e Brumadinho (2019)                                                                                                                 

Vanessa Veiga de Oliveira (UFMG)

Resumo:  À luz do conceito de interação, este trabalho analisa as mensagens oficiais das organizações mineradoras Samarco e Vale diante dos rompimentos de suas barragens de rejeitos em Mariana (2015) e Brumadinho (2019), com o objetivo de verificar como se estabeleceram as interações entre as organizações citadas e a sociedade. Partindo da abordagem comunicacional, argumenta-se que as interações das organizações constituem-se não apenas como estratégias institucionais, mas como enquadramentos simbólicos, políticos e éticos que afetam o significado de injustiça na sociedade. Ao analisar a construção semântica empreendida pelas organizações em tela, identificamos que ambas organizações procuraram construir os significados dos acontecimentos enquanto um acidente, ao passo que a organização Vale investiu mais na dimensão sensível em comparação com a Samarco.

Palavras-Chave: Interação; Processos comunicacionais; Vulnerabilidades.

Cultura Relações de Trabalho na Comunicação Organizacional: (im)possibilidades

Caroline Delevati Colpo (Abrapcorp)

Resumo: O objetivo deste trabalho é analisar como os funcionários de uma organização calçadista da região do Vale dos Sinos/RS percebem os elementos simbólicos da cultura organizacional, a partir da comunicação nas relações de trabalho estabelecidas. A hipótese levantada é a de que os elementos culturais percebidos por cada funcionário são divergentes em função das relações de trabalho e/ou relações sociais de cada um. Esta pesquisa exploratória qualitativa, utilizou-se das técnicas pesquisa bibliográfica, documental, pesquisa de observação participante e entrevista em profundidade. Identificou-se que os funcionários com maior tempo de empresa, ou com relações de trabalho mais consolidadas, fazem parte de um mesmo grupo, que carregam consigo elementos culturais antigos que, em alguns momentos, se misturam com os novos.

Palavras-Chave: Comunicação; Cultura organizacional; Relações de trabalho.

Gestão de Riscos de Imagem em Usinas Hidrelétricas Brasileiras

Sergio Andreucci (USP)

Resumo: Este artigo relaciona-se com os temas específicos da área de relações públicas e de gestão de crises de imagem, com ênfase nas experiências profissionais vividas pelos autores em projetos realizados em usinas hidrelétricas brasileiras nas últimas duas décadas. Teve como objetivo analisar, por meio de matérias jornalísticas, levantamento bibliográfico e de entrevistas realizadas com stakeholders, as práticas de gestão de riscos de imagem, desde a sua identificação, até a implantação do plano de contingenciamento de crises.

Palavras-Chave: Risco; Crise, Hidrelétricas; Imagem; Relações Públicas.

GT 2. Comunicação, consumo e organizações

Coordenação: Prof. Dr. Ricardo Ferreira Freitas (Universidade do Estado do Rio de Janeiro/UERJ)
Vice-coordenação: Profa. Dra. Mônica Fort (Universidade Tuiuti do Paraná/UTP)

Dia 08 de maio de 2019
Horário: 14h às 18h

Sessão 1: COMUNICAÇÃO, TECNOLOGIAS E CONSUMO

Comunicação, Consumo e Organizações: um estudo sobre as afetações de fake news nas marcas

Ricardo Ferreira Freitas (UERJ); Mônica Fort (UTP; Uninter)

Resumo: O artigo tem como objetivo problematizar a proposta do GT Comunicação, Consumo e Organizações, da Associação Brasileira de Pesquisadores de Comunicação Organizacional e Relações Públicas – Abrapcorp, que propõe um estudo contemporâneo sobre o panorama das questões relacionadas aos consumos das organizações e de suas marcas. Fake news foram consideradas como objeto central de discussão para tratar o assunto neste texto. Por meio desse recorte temático, observam-se que falsas notícias sempre interferiram na relação entre públicos e organizações, mas a velocidade na troca de informações, num cenário de inovações tecnológicas, faz com que boa parte dos consumidores primeiro tenha contato com o que quer acreditar, dificultando assim o esclarecimento público ou o convencimento de que determinados conteúdos são falaciosos. Ao gerar instabilidades, as relações de consumo são afetadas e as organizações podem se expor negativamente.

Palavras-chaveComunicação; Consumo; Organizações.

Rituais de Consumo: Espectros da Midiatização e da Opinião Pública Sobre o Ativismo Digital

Daniel Dubosselard Zimmermann (USP/Cásper Líbero); Karla de Melo Alves Meira (USP)

Resumo: Este artigo fundamenta-se em um levantamento exploratório e bibliográfico para apresentar, por meio de um caminho teórico baseado em conceitos de midiatização e de opinião pública, a compreensão da lógica da construção das narrativas de mitificação das marcas pela comunicação organizacional e a publicidade de marcas corporativas, as quais reforçam ou redefinem os rituais de consumo como dispositivos midiáticos capazes de gerar experiências, serem articuladores de vínculos de sentidos entre as marcas e os consumidores, gerando memórias afetivas. Nessa perspectiva, o consumo ativista digital aparece como um contraponto, já que o advento das mídias sociais digitais passou a dar um outro tipo de poder aos públicos consumidores que é o de fazer parte efetiva na midiatização das marcas e interferir na percepção da opinião pública e até mesmo ressignificar os rituais de consumo.

Palavras-chave: Rituais de Consumo; Midiatização; Opinião Pública; Ativismo Digital; Marcas Corporativas.

O discurso do consumidor sobre a marca Cicatricure no site de rede social Reclame AQUI: sentidos de promessa e decepção

Marcelo Pereira da Silva (UFMA); Ana Carolina Trindade (Unesp); Jessica de Cássia Rossi (USC)

Resumo: A dessincronia entre discurso e prática permeia o comportamento de algumas organizações, caracterizando a histórica dificuldade em lidar com os complexos fluxos comunicativos que as demandas do consumidor produzem no habitar virtual. Por isso, o objetivo é examinar o discurso do consumidor contemporâneo no site de rede social Reclame AQUI sobre a marca Cicatricure por meio da análise de discurso de tradição francesa. Desenvolvem-se algumas reflexões sobre temas Comunicação Organizacional, Padrões de Beleza e Estímulo ao Consumo, assim como expõem-se algumas informações da marca, do recorte metodológico realizado e dos resultados obtidos. Por fim, infere-se a relevância dos posicionamentos expressados pelos consumidores da marca Cicatricure nas plataformas digitais para melhorar o diálogo e o relacionamento da marca com o público consumidor.

Palavras-chave: Comunicação Organizacional; Cicatricure; Discurso; Padrões de Beleza.

Consumo de conteúdos: branded content e os efeitos de verdade narrados pela parceria UOL & Content_Lab

Katia Perez (UMESP); Rosiane Simone Moro (UMESP)

Resumo: Com o intuito de fugir da linguagem comercial usada na publicidade clássica, as empresas estão investindo cada vez mais no uso do conteúdo de marca para criar vínculos com os consumidores. A estratégia, que utiliza as técnicas jornalísticas e as narrativas persuasivas da publicidade para entregar mensagens relevantes para suas audiências, é alvo de questionamentos por buscar transvestir-se de linguagens da própria mídia em que é veiculada. Este artigo analisa, sob à luz dos “efeitos de verdade”, de Patrick Charaudeau, o conteúdo de marca produzido pela agência Content_Lab para as empresas O Boticário, Itaipava, Senac e Petrobrás, divulgado no site do UOL, no período de 08 a 14 de fevereiro de 2019. A análise permitiu pontuar as linguagens usadas para a construção desses efeitos de verdade, conferindo credibilidade aos discursos organizacionais presente nos textos publieditoriais.

Palavras-chave: Discursos organizacionais; Consumo; Conteúdo de marca; Publieditorial; Efeitos de verdade.

Influenciadoras digitais no Instagram: o papel da alimentação na narrativa fitness

Fausto Amaro Ribeiro Picoreli Montanha (UERJ), Débora Gauziski (UERJ)

Resumo: Neste artigo, analisamos os perfis do Instagram de duas influenciadoras digitais voltadas ao segmento de alimentação e estilo de vida. Gracyanne Barbosa e Gabriela Pugliesi se destacam tanto pela quantidade de seguidores que possuem quanto pelo volume de publicidade inserido no conteúdo que produzem. O foco deste trabalho está em investigar qual o papel da alimentação nas narrativas pessoais de ambas as “musas” fitness. O período de análise compreendeu os meses de abril a dezembro e 2018. Além de um estudo dos discursos, empreendemos também uma análise quantitativa dos conteúdos publicados.

Palavras-chave: Consumo; Alimentação; Instagram; Influenciadores digitais; Redes sociais.

Dia 09 de maio de 2019
Horário: 14h às 18h

Sessão 2: CONSUMO, CIDADES E EVENTOS

Megaeventos, Porto Maravilha e a retórica do legado: a construção discursiva do “Rio, cidade global”

Vânia Oliveira Fortuna (UERJ)

Resumo: Este trabalho problematiza os megaeventos esportivos e a “revitalização” da zona portuária do Rio de Janeiro – Porto Maravilha – como protagonistas das construções discursivas do “Rio, cidade global” e, por conseguinte, da “marca Rio”. Todo esse processo simbólico pretende legitimar um projeto neoliberal de cidade, que, há aproximadamente trinta anos, vem sendo discursivamente construído.  Nessa perspectiva, inicialmente, revisitaremos a gestão de Cesar Maia para entender em qual contexto e sob qual lógica as disputas pelos sentidos do Rio como cidade global se imprimem. Em um segundo momento, trataremos de uma estratégia fundamental a essa concepção de cidade: o branding urbano que “recria” a marca Rio, sobretudo pelo discurso do legado.

Palavras-chaveProdução de sentidos; Cidades Globais; Megaeventos; Branding Urbano; Porto Maravilha.

Rio Criativo e a valorização da Marca “Rio”: um estudo sobre o uso de eventos como estratégia de city branding

Jorgiana Melo de Aguiar Brennand (UERJ/IBMEC/RJ); Talita de Oliveira Trindade (PUC-Rio/IBMEC/RJ)

Resumo: Nosso objetivo neste artigo é discutir a Marca “Rio” e suas relações com a Economia Criativa a partir de autores como Figueiredo (2015) e Reis (2012), por meio da análise da Feira das Brecholeiras, evento que reúne brechós e é realizado semanalmente, em Madureira, na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro. Optamos pela Feira das Brecholeiras como foco do nosso trabalho por entendermos que é uma iniciativa organizada e exemplar do Rio Criativo, além de contribuir para a inclusão de novos atributos da Marca “Rio”. A metodologia se utiliza de pesquisa bibliográfica e abordagem etnográfica, uma vez que permite uma interface maior entre pesquisador e objeto de análise. Os resultados evidenciam o papel da comunicação como elemento central tanto das práticas organizativas que suportam a cidade-mercadoria, quanto do city branding em torno da Marca “Rio”.

Palavras-chave: Cidade; Economia Criativa; Eventos; Marca Rio; City branding.

O que falam essas Folhas? Um desafio de branding da Folha de S. Paulo na transição do off-line para o on-line

Luciana Azevedo Pereira (PUC-RJ)

Resumo: O presente trabalho investiga se existe convergência entre o projeto de marca proposto pela Folha de S. Paulo e duas manifestações fundamentais de sua marca: a versão impressa (off-line) e o perfil no Facebook (on-line). O estudo utiliza o modelo de Projeto/Manifestação de identidade de marca proposto por Semprini (2010) e as ferramentas teórico-metodológicas da semiótica discursiva de linha francesa. A fim de aprofundar a compreensão das interações que se dão entre o jornal e os seus consumidores, recorre-se ao modelo preconizado por Eric Landowski (2014). Os resultados da análise sugerem que há convergência entre o projeto de marca e manifestações estudadas. Porém, o percurso do off-line para o on-line pode gerar novos significados para a marca, uma vez que sofrem alterações os temas publicados, a linguagem utilizada e as formas de interação.

Palavras-chave: Folha de S. Paulo; Branding; Identidade; Interações; Semiótica.

Questões Emergentes sobre Comunicação e Universidade no Âmbito da Percepção: Imagem e Reconhecimento

Bianca Zanella Ribeiro (Universidade do Minho)

Resumo: Com o intuito de aprofundar discussões sobre a comunicação das universidades, neste artigo apresentamos uma revisão de literatura centrada em pesquisas com ênfase na efetividade da comunicação organizacional de instituições de Ensino Superior, observando a relevância das questões de identidade, imagem, reputação e reconhecimento frente às ameaças no cenário educacional brasileiro. Além de bibliotecas virtuais abrangentes (Web of Science e Portal de Periódicos da Capes) foram consultados especificamente os repositórios da Universidade Federal do Tocantins, foco do estudo de caso que se pretende desenvolver, e da Universidade do Minho, lócus deste projeto. As buscas e reflexões revelam lacunas nos estudos atuais sobre esta temática e levantam questões a serem abordadas em estudos futuros.

Palavras-chave: Comunicação organizacional; Universidade; Imagem; Reconhecimento; Notoriedade.

Representações sociais da mulher torcedora no consumo do esporte mais popular do Brasil

Maria Helena Carmo dos Santos (FACHA), Jéssica Patrícia Ribeiro Pacheco (FACHA)

Resumo: Este artigo tem por objetivo identificar a fala da mulher torcedora no âmbito do futebol brasileiro. A luta pela igualdade de direitos e deveres entre homens e mulheres vem ocorrendo ao longo de décadas e foi se espraiando pelos diferentes espaços da sociedade, e não seria diferente no futebol, esporte de maior identidade e o mais popular do país. Como metodologia, foram realizadas entrevistas e pesquisa online pelo Google Forms, com respostas fechadas e de múltipla escola, além de pesquisa documental. Os achados demonstraram que as mulheres torcedoras, embora venham conquistando espaço, ainda precisam driblar muitos adversários para legitimarem as suas vozes, de se representarem e de se fazerem representadas. Isso coloca uma questão importante de se refletir: sendo os clubes marcas, com uma serie de subprodutos, como eles lidam (ou não) com suas torcedoras-consumidoras?

Palavras-chave: Torcida Feminina; Futebol; Comunicação; Representações; Consumo.

Dia 09 de maio de 2019
Horário: 14h às 18h

Sessão 3: CONSUMOS, MARCAS E EXPERIÊNCIAS

Consumo de Experiências em Cafeterias Paulistanas

Lucas de Vasconcelos Teixeira (ESPM)

Resumo: O objetivo deste artigo foi refletir sobre as cafeterias gourmet provenientes da terceira onda do consumo de café, constatando que não só a bebida é consumida, mas principalmente a própria experiência de frequentar esses espaços. Examinamos cafeterias desta onda do consumo na cidade de São Paulo, mas também se fez necessário entender o que são os cafés especiais e exemplificar que se trata de um fenômeno que se multiplica pelo mundo. Concomitantemente, foi preciso esclarecer que consumo é diferente de consumismo e conceituar experiência, marketing experiencial e consumo de experiências. A metodologia empregada foi a etnografia denominada flânerie. Os resultados evidenciam que os cafés servidos nesse tipo de varejo estão além da commodity agrícola para um número crescente de pessoas que consomem as experiências proporcionadas por essas cafeterias.

Palavras-chave: Experiência; Consumo; Comunicação; Cafés especiais; Cafeterias gourmet.

Gang dos Patins: lazer, consumo, afetos e sociabilidades em Copacabana

Alessandra de Figueiredo Porto (UERJ)

Resumo: O artigo busca compreender as imbricações entre o lazer e o consumo (com ênfase em seu caráter cultural), tendo como premissa o compartilhamento de experiências que emana das práticas coletivas. O objeto da análise é o grupo de patinação Gang dos Patins. Fundado em 2008 com o objetivo de agregar pessoas em torno da patinação, o grupo se reúne aos domingos e feriados na área de lazer da Avenida Atlântica, com a participação de patinadores de várias idades, gêneros e locais de moradia. Estilos de vida, consumo e sociabilidades se evidenciam no famoso calçadão de pedras portuguesas quando os participantes da “Gang” se reúnem. A Copacabana “Princesinha do Mar” é intercultural; e o ato de patinar com a “Gang” pela Avenida Atlântica demonstra como práticas coletivas dão vigor às tramas cotidianas da cidade.

Palavras-chave: Copacabana; Consumo; Estilos de vida; Lazer; Gang dos Patins.

“Um paraíso tropical distópico”: Imaginários sobre a Marca Rio no Documentário Rio 50 Degrees – Carry on Carioca

Ana Teresa Gotardo (UERJ/UFF)

Resumo: Este artigo visa compreender os imaginários sobre o Rio de Janeiro em seu “momento olímpico” por meio de uma análise crítica dos primeiros 14min do documentário Rio 50 Degrees – Carry on Carioca, dirigido por Julien Temple para o programa Imagine, da rede britânica BBC. Com a primeira data de exibição em maio de 2014 e última em setembro de 2016, o documentário televisivo, que possui 1h45min de duração, conta um pouco da história do Brasil, a partir de imagens de arquivo e da música brasileira, para construir sentidos sobre um “paraíso tropical distópico” de “altos emocionantes e baixos aterrorizantes”, problematizando o ideal almejado pela marca-cidade “oficial” por meio da exploração das ideias de “cidade partida”, da violência e do abismo social presente no cotidiano dos cidadãos.

Palavras-chaveMarca Rio; Imaginários; Distopia; Documentário; Televisão.

A provocação do afeto como estratégia discursiva organizacional

Luciana Buksztejn Gomes (PUCRS)

Resumo: O discurso político é notadamente marcado pelo uso de estratégias de persuasão e sedução, sendo um dos gêneros do discurso propagandista (CHARAUDEAU, 2010a). Diversas estratégias são utilizadas, entre elas os discursos de provocação do afeto, que podem ser compreendidas com a finalidade de manipulação (CHARAUDEAU, 2010a). Propomos no presente artigo uma aproximação entre o discurso político desenvolvido por Charaudeau (2010a) no que diz respeito às visadas de incitação, informação e prescrição e o discurso organizacional, especialmente se pensarmos na provocação do afeto como estratégia discursiva organizacional. Resgatamos, ainda, a noção de estratégias sensíveis (SODRÉ, 2006), buscando compreender o discurso da felicidade enquanto modalidade de discurso de provocação do afeto no contexto organizacional.

Palavras-chave: Afeto; Felicidade; Estratégia; Discurso político; Discurso organizacional.

Medo dos espaços urbanos: narrativas do jornal O Globo sobre a “Lapa caótica”

Igor Lacerda (UERJ) ; Érica Oliveira Fortuna (UERJ)

Resumo: Bairro boêmio da cidade do Rio de Janeiro, a Lapa passou por um processo de revitalização com o intuito de atender às demandas dos megaeventos e de empresários locais. Inclusive, abrigou a Operação Lapa Presente, reduzindo consideravelmente os crimes nessa área. Embora tenha recebido alto investimento, atualmente a Lapa tem sido narrada como um bairro violento e inseguro – reflexo evidente da crise financeira que acometeu o estado. Assim, este artigo se propõe a analisar a representação da Lapa em narrativas do jornal O Globo, dando ênfase ao medo como fator que restringe a mobilidade pela cidade. Problematizamos ainda como essas matérias com foco no temor reiteram a necessidade por “medidas de segurança” públicas e/ou privadas. Em síntese, narrativas que constroem grades simbólicas e discursivas, máxime nas práticas sociais na cidade.

Palavras-chave: Medo; Imaginário; O Globo; Rio de Janeiro.


GT 3. Discursos, identidades e relações de poder

Coordenação: Prof. Dr. Rudimar Baldissera (Universidade Federal do Rio Grande do Sul/UFRGS)
Vice-coordenação: Prof. Dr. Rennan Mafra (Universidade Federal de Viçosa/UFV)

Dia 08 de maio de 2019
Horário: 14h às 18h


Sessão 1

Discursos, identidades e relações de poder: dinâmicas e emergências em Comunicação Organizacional

Rudimar Baldissera (UFRGS), Rennan Mafra (UFV)

Resumo: De cunho conceitual, neste texto temos o propósito de refletir sobre potencialidades de abordagens discursivas no campo de estudos da comunicação organizacional. Para isso, assumimos que tais abordagens são capazes de lançar luz notadamente sobre a explicitação de dinâmicas identitárias e a emergência de relações de poder. Nessa direção, ressaltamos as potencialidades ora encetadas a partir da evidenciação de três aspectos epistemológico-teórico-metodológicos: 1) as abordagens discursivas como capazes de dar a ver as dinâmicas instituidoras da relação entre identidade e diferença; 2) o discurso como lente capaz de vislumbrar movimentos de disputa e circulação de poder, na constituição de processos de subjetivação; e 3) os fenômenos discursivos como viabilizadores ao estudo da experiência e de suas emergências nos ambientes relacionais das organizações.

Palavras-chave: Comunicação organizacional; Discursos; Identidades; Poder; Experiência.

Discurso organizacional: uma compreensão a partir dos gêneros

Magno Vieira da Silva (Secretaria do Tesouro Nacional, Brasília)

Resumo: Neste trabalho, aborda-se o discurso organizacional como elemento de relevo e colocado em circulação pelas organizações para que se legitimem e prosperem em seus ambientes. A partir dessa ideia, e de uma concepção geral de discurso, é oferecida compreensão sobre o discurso organizacional, discute-se a noção de gêneros do discurso (BAKHTIN, [1952-1953] 2016); MAINGUENEAU, 2013) e realiza-se exercício analítico de três exemplos de produções discursivo-comunicacionais de organizações, em que se busca afirmar como os gêneros contribuem para que sejam identificadas as caracterizações que o discurso organizacional assume.

Palavras-chave: Discurso organizacional; Discurso; Comunicação organizacional.

Efeitos pathêmicos do discurso organizacional e o caso Brumadinho: o Brasil chora lama novamente

Bárbara Miano (USP), Luiz Alberto de Farias (USP)

Resumo: Este artigo tem como objetivo contribuir com o aprofundamento do estudo das emoções dentro do campo da comunicação organizacional e das relações públicas e problematizar sobre como as emoções, no discurso organizacional, são utilizadas de modo intencional e estratégico em um caso recente de repercussão midiática intensa. A pesquisa se vale de duas metodologias, sendo a primeira uma revisão bibliográfica de autores como Charaudeau, Halliday e Maingueneau e, em um segundo momento, realiza-se uma análise dos efeitos pathêmicos do discurso do pronunciamento oficial do presidente da Vale sobre o acidente em Brumadinho (MG). Por fim, destaca-se, entre os atributos analisados, a questão da cenografia utilizada em tom confessional pela mineradora.

Palavras-chave: Linguagem; Discurso organizacional; Emoções; Efeitos pathêmicos do discurso; Charaudeau.

Caso Samarco: discurso e legitimação organizacional no contexto da lógica midiática

Mariana Carareto (Unesp)

Resumo: O presente artigo objetiva refletir sobre a influência das respostas dos indivíduos nas mídias sociais para o discurso de uma organização em situação de crise e como esse processo gera novas necessidades para a comunicação no contexto das organizações. Os dados apresentados compõem parte da pesquisa de mestrado da autora, porém olhados por outra perspectiva: a do discurso organizacional. Para isso, foi desenvolvida uma fundamentação teórica para situar o olhar do estudo e, posteriormente, uma análise de conteúdo para estabelecer relações entre as respostas dos indivíduos para o discurso organizacional e sua construção. Como reflexão, compreende-se que, na sociedade midiatizada, a comunicação organizacional tem como desafio reconhecer características que estão em constante interação nos contexto dos públicos e interferem na legitimação organizacional.

Palavras-chave: Discurso; Legitimação; Comunicação Organizacional; Samarco; Lógica Midiática.

“Chesf 70 anos, crescendo Lado a Lado com o Nordeste”: uma análise do discurso da empresa em sua campanha de aniversário voltada para os empregados

Maria Amelia de Souto Maior Almeida (CHESF), Alexandre Azevedo Magalhaes Costa (CHESF)

Resumo: O artigo é uma análise do discurso utilizado pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) na campanha do seu aniversário de 70 anos de criação, em março de 2018. O corpus eleito visa evidenciar como a construção discursiva produz o sentido desejado na sua comunicação com os empregados. Para tanto, a teoria da análise do discurso francesa de Dominique Mainguneau e os estudos da Comunicação com Empregados, de Bruno Carramenha, são o alicerce teórico do referido objeto de estudo. A campanha teve a abrangência interna e externa, contudo, o recorte utilizado foi voltado para os empregados, com a busca do envolvimento e do pertencimento à organização. Três peças da campanha possuem elementos essenciais para a reflexão acerca das formas pelas quais os discursos são produzidos e refletidos em seu público interno.

Palavras-chave: Comunicação Interna; Discurso; Ethos; Chesf.

Interface memória e comunicação: formações discursivas da memória organizacional no campo da Comunicação Organizacional

Renata Cássia Andreoni de Souza (PUCRS), Cleusa Maria Andrade Scroferneker (PUCRS)

Resumo: No presente texto buscamos identificar [e refletir criticamente sobre] trabalhos da área da Comunicação Organizacional que propõe um debate em relação à interface memória e comunicação, mais especificamente sobre a memória organizacional. Ao partir de pesquisa predecessora (CRUZ, 2014) referente à essa temática, abordamos artigos publicados nos anais de três importantes congressos do campo da Comunicação: Abrapcorp, Compós e Intercom, nos últimos cinco anos (2018-2014). Diante do exposto, sugerimos alguns encaminhamentos, visando o desenvolvimento de outras possibilidades para a interface memória e comunicação.

Palavras-chave: Memória; Comunicação; Memória Organizacional; Comunicação Organizacional; Formações Discursivas.

(Re)pensando a ontologia do diálogo: uma abordagem a partir da dimensão relacional

Francielle Benett Falavigna (PUCRS), Carine Fernandes (PUCRS)

Resumo: O presente artigo convida a (re)pensar a ontologia do diálogo a partir da abordagem relacional da comunicação proposta por França (2001, 2006), tendo como base o Pensamento Complexo (MORIN, 2010, 2015). Por meio de uma pesquisa sobre os discursos organizacionais que emergem na ambiência digital em uma organização hospitalar, foi possível identificar o predomínio de interações pautadas na lógica instrumental/informacional. Concebemos que um entendimento mais amplo e dinâmico dos processos comunicativos, que considere o diálogo a partir da dimensão relacional, possa indicar um novo caminho às organizações frente à presença na ambiência digital e às interações que se movimentam e ganham forças pelo/com o diálogo nesse contexto.

Palavras-chave: Comunicação Organizacional; Paradigma Relacional; Diálogo; Organizações Hospitalares.

Dia 09 de maio de 2019
Horário: 14h às 18h

Sessão 2

Relações de poder nas narrativas de revendedoras: um olhar a partir das vozes femininas

Francine Altheman (UFMG)

Resumo: Este trabalho busca refletir sobre as relações de poder que entrelaçam as narrativas pessoais, coletivas e organizacionais a partir das falas de revendedoras da Avon Cosméticos. A proposta é experienciar o método da igualdade de Rancière como aposta metodológica para dar voz às mulheres que vivenciam o cotidiano da revenda como uma chance de reenquadre de situações de opressão vividas no âmbito pessoal, especialmente por causa do machismo estrutural. Para isso, apostamos nas reflexões de Michel Foucault sobre dispositivos e seus rearranjos; e de Gilles Deleuze sobre relações de poder e desejo. A pesquisa também busca compreender os aspectos organizacionais, com apoio de Nicole D´Almeida, Jean-Luc Moriceau, entre outros autores, que levam aos jogos de poder e aos fluxos comunicativos que se apoiam nos arranjos disposicionais.

Palavras-chave: Relações de poder; Arranjos Disposicionais; Método da Igualdade; Afeto nas organizações; Avon.

O poder além das catracas: discurso e gestão de pessoas no trabalho home office

Vinícius Vinícius Riqueto de Oliveira (Cásper Líbero)

Resumo: Os avanços tecnológicos permitem que alguns profissionais utilizem recursos para exercer suas funções fora das instalações do empregador no chamado teletrabalho, conhecido também como home office. Longe da vigilância e do controle dos empregadores, o discurso ganha força como um dos mecanismos de poder nas empresas. As reflexões e análises propostas neste artigo fazem parte das investigações da dissertação de mestrado do autor. Foram coletados depoimentos de 25 profissionais a respeito de suas experiências no home office, de modo a observar os discursos sobre esta modalidade de trabalho. Os resultados evidenciam a necessidade de ampliar as discussões sobre os impactos do teletrabalho, de modo a conscientizar os trabalhadores sobre as responsabilidades e condições atribuídas ao discurso do empoderamento de si e da autodisciplina.

Palavras-chave: Teletrabalho; Home office; Poder; Discurso; Biopoder.

Disrupção destruidora: as práticas comunicacionais de uma organização disruptiva

Tiago da Costa Guimarães (PUCRS)

Resumo: O presente artigo busca analisar os impactos das organizações disruptivas, tendo como estudo de caso a Uber, justificando-se sua escolha por ser uma das mais expoentes e controversas desse novo modelo de negócio próprio do capitalismo contemporâneo. A sua prática comunicacional compreende os mass media enquanto empresas privadas, que constroem seu discurso de acordo com seu público-alvo. Suas estratégias incluem a sedução dos meios impressos, através do discurso da inovação e da melhora na qualidade do serviço de transporte, que pode ser atingido através das dinâmicas de competição. A análise das matérias sobre a Uber veiculadas nos jornais Zero Hora e Correio do Povo evidenciou num primeiro momento, o impacto disruptivo da organização, e posteriormente, a sua trajetória e regulamentação. Por sua vez, a campanha publicitária da Uber procurou humanizar as relações entre passageiros/clientes e motoristas, representando situações de leveza e boa convivência proporcionadas pelo aplicativo.

Palavras-chave: Comunicação; Comunicação organizacional; Disrupção; Uber.

MARCA SALVADOR E MARCA LISBOA: análise comparativa dos seus valores e atributos em vídeos promocionais acerca dessas cidades

Janine Pereira Falcão De Oliveira (UNEB), Adriano de Oliveira Sampaio (UFBA)

Resumo: Pensar o fenômeno da marca lugar é a proposta deste artigo que apresenta a análise comparativa de dois vídeos promocionais, elaborados por órgãos de governos, como estratégia para atração de turistas, sendo um vídeo da marca lugar da Salvador (Brasil) e um da marca lugar de Lisboa (Portugal). Admitimos como problema central desse estudo o questionamento sobre quais são os supostos atributos e valores das marcas Salvador e Lisboa de acordo com os órgãos municipal e federal de turismo, respectivamente, nessas peças. Essa análise assume como objetivo primário identificar, a partir do nível textual e discursivo, quais são os atributos e valores das marcas Salvador e Lisboa divulgados aos seus potenciais visitantes a fim de tornar esses destinos atrativos. A escolha pela análise comparativa entre Salvador e Lisboa dá-se em função da importância histórica de ambas cidades para seus países bem como os laços e/ou disputas simbólicas e materiais que aproximam Portugal e Brasil, desde o início do século XVI.

Palavras-chave: Salvador; Lisboa; Marca lugar; Turismo.

Narrativas míticas na comunicação organizacional: a relação entre as melhores empresas para trabalhar e seus resultados financeiros

Emilio Alves de Oliveira

Resumo: este artigo trata a correlação entre a comunicação organizacional a partir do uso de narrativas míticas para atrair profissionais talentosos e os resultados financeiros, utilizando para isso a análise das classificações anuais publicadas em 2018 pela Editora Abril das Melhores Empresas Para Trabalhar, Melhores Empresas para Começar a Carreira e Maiores Empresas brasileiras em faturamento. Com base em referenciais teóricos da Comunicação Organizacional, Narrativas, Mitos, Liderança e Cultura Organizacional, foi possível compreender que há um esforço de empresas brasileiras de grande porte em se postularem como boas empregadoras e, dessa forma, atrair e fidelizar bons profissionais que poderão contribuir para retenção de conhecimento, perpetuação da cultura organizacional e obtenção de bons resultados financeiros. Concluindo-se por fim, entre outras coisas, que os esforços das organizações em se tornarem desejáveis em um invólucro estético que contribua para a reputação não devem se restringir somente à análise da Administração de Empresas e de Gestão de Pessoas, mas também devem ser contemplados pelo campo da Comunicação.

Palavras-chave: Narrativas; Mitos; Comunicação organizacional; Melhores empresas para trabalhar; Maiores empresas.

Narrativas femininas na roda de samba: a experiência do grupo O Samba Delas

Rakelly Calliari Schacht (USP)

Resumo: Este trabalho se aproxima do ritual da roda de samba com o objetivo de compreender a atualização de suas narrativas por meio da constituição de grupos femininos em um universo musical até então predominantemente masculino. Com base no referencial teórico oferecido por Martine Segalen (2002), observamos a experiência do movimento O Samba Delas, através da pesquisa-ação e realização de entrevistas com suas protagonistas. Complementarmente, os trabalhos de Roberto M. Moura (2004), Roberto DaMatta (1986, 2012) e a série publicada pelo coletivo do projeto Samba Sampa (2018) proveem um suporte específico sobre a roda e o feminino na cultura brasileira. A relação da bibliografia com os dados levantados permite demonstrar a plasticidade desse ritual na construção de novas dinâmicas simbólicas.

Palavras-chave: Narrativas da Experiência; Rituais; Identidade; Roda de Samba; Feminino.

GT 4. Relações Públicas, política e sociedade

Coordenação: Prof. Dr. Márcio Simeone Henriques (Universidade Federal de Minas Gerais/UFMG)
Vice-coordenação: Prof. Dr. Daniel Reis Silva (Universidade Federal de Santa Maria/UFSM)

Dia 08 de maio de 2019


Sessão 1

Reposicionando a noção de influência nas Relações Públicas: articulações teóricas preliminares e perspectivas de estudo

Márcio Simeone Henriques (UFMG); Daniel Reis Silva (UFSM)

Resumo: O ensaio marca o início de um processo de reposicionamento da ideia da influência no campo das Relações Públicas, identificando bases conceituais, pontos de contato e lacunas no tratamento de tal noção. É ancorado em uma concepção da influência enquanto processo da ordem comunicacional, o que deixa em segundo plano as preocupações acerca de suas causas e efeitos para assumir como primordial o seu entendimento enquanto conjunto de interferências recíprocas na ação. O texto é pautado por três movimentos, nos quais são exploradas, respectivamente: (a) a inserção histórica da influência na literatura de relações públicas; (b) a influência a partir do contexto organizacional; e (c) como tal conceito está relacionado com a dinâmica de formação e movimentação de públicos. Por fim são apresentadas perspectivas de pesquisa capazes de avançar a compreensão do papel da influência nas dinâmicas de Relações Públicas.

Palavras-chave: Relações Públicas; Influência; Públicos.

Comunicação organizacional e estratégias de direcionamento da visibilidade nas mídias sociais

Diego Wander Santos da Silva (PUC-RS)

Resumo: A proposta deste artigo parte das discussões sobre comunicação organizacional, especialmente em ambientes online. Nosso objetivo é o de refletir acerca das estratégias de direcionamento da visibilidade adotadas pelas organizações nas mídias sociais – intervenções que visam indicar o que deve estar no campo do visível e assumir destaque. As compreensões partem de entrevistas com profissionais que atuam em agências de comunicação digital filiadas à Associação Brasileira de Agentes Digitais. Os resultados indicam que há uma série de estratégias com este fim, que merecem ser problematizadas à luz das noções de conformidade e de ética, posto que a perspectiva da (in)visibilidade pode representar a não visibilidade ou a atenção parcial de assuntos relevantes à sociedade, os quais estão perdendo espaço dada a profissionalização e o refinamento de processos e recursos adotados pelas agências.

Palavras-chave: Comunicação Organizacional; Estratégias; (In)visibilidade; Mídias Sociais; Agências de comunicação digital.

Paradoxo da visibilidade na comunicação de movimentos sociais: análise do Levante Popular da Juventude

Alana Nogueira Volpato (Unesp)

Resumo: Este trabalho tem o objetivo de discutir o paradoxo da visibilidade na comunicação de movimentos sociais por meio da análise do diagnóstico e planejamento de comunicação do movimento Levante Popular da Juventude. Para isso, identificamos de que maneira a organização entende a comunicação para então discutir de que forma o empenho por visibilidade midiática contribui ou se torna um obstáculo para os objetivos finais do movimento. Concluímos neste artigo que, embora ocupe um espaço central em uma sociedade em midiatizada, uma comunicação centrada na visibilidade, em se tratando de um movimento social, pode ser um obstáculo para os processos reais de mobilização e organização.

Palavras-chave: Movimentos sociais; visibilidade; comunicação popular e comunitária; Levante Popular da Juventude.

Caminhos entre o sujeito invisível e o fantasma hipervísivel: desafios da construção de condições de publicidade com e para adolescentes em conflito com a lei

Rafaela Pereira Lima (UFMG)

Resumo: Aborda tensões entre invisibilidade, hipervisibilidade negativa e esforços de construção participativa de visibilidades públicas positivas pelos adolescentes e jovens em conflito com a lei. Analisa a experiência da campanha de comunicação #faladireito, elaborada por adolescentes autores de atos infracionais, arte educadores e comunicadores de Belo Horizonte / MG. Lança a seguinte questão: como construir condições de publicidade para sujeitos duplamente invisíveis – que não podem colocar as imagens de suas faces em circulação (por exigência legal) e que não são enxergados como integrantes do universo da cidadania? O artigo aborda, ainda, o desafio de construir metodologias que gerem, àquele que é invisível e que, também, é um fantasma (é considerado uma visão medonha, que aterroriza, que ameaça) possa dar-se a ver, ao invés de ter sua imagem negada pela costumeira ótica do preconceito.

Palavras-chave: Comunicação para mobilização social; Condições de publicidade de causas sociais; Direitos da criança e do adolescente; Controvérsia.

Formação e Movimentação de Públicos em Contextos Embaraçosos: o Caso da Exploração Sexual Infantojuvenil no Vale do Jequitinhonha

Laura Nayara Pimenta (UFMG)

Resumo: As pesquisas sobre formação e movimentação de públicos concentram seu olhar nas condições que propiciam a coletivização de uma causa, que possibilitam que ela se torne pública, ou seja, negalcance determinadas condições de publicidade que a tornarão menos ou mais visíveis, disponíveis e generalizáveis. Nesse esteio, a intenção deste artigo é levantar alguns elementos que obstaculizam essa coletivização, tendo em vista contextos perpassados por embaraços, como é o caso da exploração sexual de crianças e adolescentes (ESCA) no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, em que impera o medo, a coerção, a violência, o patrimonialismo, o machismo, o silêncio.

Palavras-chave: Mobilização Social; Exploração sexual infanto-juvenil; Condições de publicidade; Embaraço; Tabus.

Negócios Sociais: Novas Perspectivas para as Relações Públicas Comunitárias

Veronica Reis Cristo (USP)

Resumo: Este artigo traz reflexões preliminares acerca de estudo sobre as Relações Públicas comunitárias aplicadas às estratégicas de comunicação dos negócios sociais. Articulam-se, nesta análise, referências das Relações Públicas comunitárias com o repertório teórico sobre o empreendedorismo social, como parte de pesquisa de mestrado desenvolvida no âmbito do Programa de Pós-graduação em Ciências da Comunicação da Universidade de São Paulo, que tem o propósito de identificar o papel exercido pela comunicação organizacional em negócios sociais e verificar quais os seus impactos em ações ligadas diretamente à sustentabilidade e aos seus objetivos sociais.

Palavras-chave: Comunicação Organizacional; Relações Públicas Comunitárias; Negócios Sociais; Empreendedorismo.

Dia 09 de maio de 2019

Sessão 2

Relações Públicas entre o interesse privado e público

Maria José da Costa Oliveira (Metrocamp)

Resumo: As estratégias e políticas de Relações Públicas podem ser dimensionadas de forma ampliada quando extrapolam os interesses organizacionais, principalmente se considerarmos que, no contexto democrático, o foco é o cidadão, que deixou de ser mero receptor para tornar-se sujeito do processo. Assim, surgem demandas por relações que possibilitem o diálogo, a participação e a deliberação para a tomada de decisões em ambientes privados e públicos. Todavia, as práticas de Relações Públicas são alvos de críticas por ainda priorizarem o interesse empresarial ou político. Partindo dessa visão, este artigo discute até que ponto as Relações Públicas podem, de fato, coexistir com a democracia.

Palavras-chave: Cidadania; Democracia; Esfera Pública; Relações Públicas.

Controlar, Persuadir ou Ouvir?: reflexões sobre opinião pública e a campanha ?Agro: a Indústria-Riqueza do Brasil?, sob a ótica das Relações Públicas

Fernanda Terezinha de Almeida

Resumo: Ainda que o conceito opinião pública seja polissêmico e tenha sua existência questionada (BOURDIEU, 1981), ele tem sido considerado matéria-prima no ato de pensar o exercício das Relações Públicas – ora como algo a ser controlado, ora persuadido, ora escutado. Embora sejam olhares permeados por distintas ideologias, partem do princípio de que a opinião pública deve ser considerada na comunicação das organizações. Frente a este quadro, este artigo visa discutir a relação entre opinião pública e Relações Públicas a partir de Bernays, Grunig, Henriques e Bourdieu e relacionar a discussão à campanha “Agro: a Indústria-Riqueza do Brasil”, da TV Globo. Tendo como metodologia a pesquisa bibliográfica e a análise de conteúdo de textos publicados por grupos de interesse envolvidos com o agronegócio, apontam-se relações e contradições presentes na comunicação das organizações e seus públicos.

Palavras-chave: Relações Públicas; Opinião Pública; Públicos; Agro é Tudo, Agro é Pop.

Comunicação ministerial no Facebook: uma análise comparativa de perfis de uso e engajamento

Edna Miola (UTFPR)

Resumo: O artigo analisa comparativamente comunicação governamental no Facebook questionando quais são os padrões de publicação e de engajamento de sete ministérios. Analisou-se a) data e b) número de posts, c) tipo de publicação, número de d) reações, e) comentários, f) compartilhamentos, e g) volume de engajamento de cada uma das 5636 publicações coletadas entre 01/10/2016 e 30/09/2017, primeiro ano do governo de Michel Temer. Embora apresentem volume e regularidade de publicação semelhante, observou-se que os ministérios adotam diferentes estratégias quanto ao tipo de conteúdo, alguns privilegiando a publicação de fotos e vídeos enquanto outros veiculam predominantemente conteúdos de terceiros em links. Quanto ao engajamento, constatou-se a existência de dois grupos: os que obtêm grande volume de interação (que também são os ministérios de maior orçamento) e os que têm baixa interação.

Palavras-chave: Comunicação pública; Comunicação política; Organizações públicas; Redes sociais digitais; Facebook.

A página do Senado Federal no Facebook: a relação entre comunicação institucional e promoção da cidadania

Michel Carvalho da Silva (UFABC)

Resumo: O estudo propõe analisar a percepção dos curtidores da página do Senado Federal no Facebook, discutindo a relação entre comunicação institucional de órgãos públicos e a promoção da cidadania. Inicialmente, apresentamos a estrutura e as funcionalidades da fanpage, destacando o conteúdo informativo disponibilizado ao público. Na sequência, refletimos acerca do paradigma da comunicação pública dentro da dinâmica política. Os dados apresentados neste trabalho nos mostram que, apesar das limitações do mencionado ambiente virtual, os leitores da fanpage do Senado acreditam que as publicações da página têm potencial para a promoção de conhecimentos legislativos, que colaboram para o exercício da cidadania.

Palavras-chave: Comunicação institucional; Senado Federal; Facebook; Cidadania.

Diplomacia Pública Brasileira: Análise sobre sua Estrutura, Propósito e Pilares

Camila Verbisck Alcantara Bonfim (USP)

Resumo: Diplomacia Pública realizada pela Assessoria de Imprensa do Gabinete do Ministério das Relações Exteriores recebe classificações quanto a seus pilares (ROSS, 2003), estrutura (ZAHARNA, 2009) e propósito (LEONARD; STEAD; SMEWING, 2002). A análise sob o ponto de vista dessas categorias demonstra se o Itamaraty tem a preocupação de informar, engajar ou influenciar seus públicos estratégicos, bem quais as estratégias utilizadas para comunicar as informações relevantes para o órgão responsável pela política externa brasileira. Os resultados encontrados apontam, em primeiro lugar, para uma Diplomacia Pública com enfoque na transmissão de informações, além de não ter planejamento de comunicação condizente com sua a importância. Também se observa que as análises têm como fonte entrevistas realizadas em 2017, portanto, o contexto político do atual governo pode colaborar para novos achados quanto à Diplomacia Pública brasileira.

Palavras-chave: Diplomacia Pública; Itamaraty; Classificação da Diplomacia Pública.

Humanização em hospitais públicos universitários: o papel da gestão da comunicação organizacional

Camila Caroline Barths (UFRGS); Karla Maria Muller (UFRGS).

Resumo: Este paper tem como objetivo apresentar o papel da gestão da comunicação organizacional na concretização da Política de Humanização em hospitais universitários públicos (HU’s) no Brasil. Os HU’s são as instituições que formam os profissionais da área da saúde, ao mesmo tempo que convivem com as dificuldades da assistência dentro do Sistema Único de Saúde (SUS) e os avanços tecnológicos por meio da pesquisa. Articular essa realidade em meio a era digital, e ter como objetivo nestas instituições a vida humana, são entrelaçamentos que a comunicação se depara cotidianamente. Como metodologia, utilizou-se a pesquisa documental, e para efeitos de resultados, considera-se que o papel estratégico e potencializador da comunicação, deveria ser desenvolvido não só pelas administrações dos hospitais, mas também pelos profissionais, valorizando e demonstrando que o processo relacional da comunicação.

Palavras-chave: Comunicação organizacional; Saúde; Política; Humanização; Hospitais.

GT 5. Comunicação intercultural e interseccionalidade

Coordenação: Profa. Dra. Maria Aparecida Ferrari (Universidade de São Paulo/USP)
Vice-coordenação: Profa. Dra. Raquel Cabral (Universidade Estadual Paulista/Unesp)

Dia 08 de maio de 2019
Horário: 14h às 18h

Sessão 1: Olhares para a comunicação intercultural e diversidade nas organizações

Comunicação Intercultural e Interseccionalidade: breve reflexão sobre as perspectivas e desafios da diversidade nas organizações

Maria Aparecida Ferrari (USP) , Raquel Cabral (Unesp)

Resumo: O GT 5 do Congresso da Abrapcorp se caracteriza pelo olhar interdisciplinar mediante a intersecção de saberes de distintas áreas do conhecimento com a comunicação organizacional e as relações públicas. O grupo de trabalho trata da comunicação intercultural em paralelo com a interseccionalidade. Abriga discussões sobre a interposição e intersecção de sistemas de opressão que se caracterizam pela multidimensionalidade de formas de violência, tais como: de gênero, étnico-racial, classe, pessoas com deficiência, geracionais, imigrantes e outros grupos que representam movimentos minorizados. Articula reflexões epistemológicas sobre comunicação, diversidade, identidade, violência organizacional, preconceito, xenofobia, estereótipos e diferenças culturais. São aceitos trabalhos relacionados à interseccionalidade e violência nas organizações (gênero, questão etária, LGBTI, étnico-racial, pessoas com deficiência, migrações, entre outras). Além disso, também aborda a comunicação para a paz no contexto dos Peace Studies, e comunicação intercultural no âmbito da comunicação nas organizações e a participação da comunicação nos processos de internacionalização e fusão de empresas.

Palavras-chave: Comunicação Intercultural; Interseccionalidade; Diversidade; Grupos minorizados; Violência organizacional.

Melhores para quais públicos? Uma análise sobre o posicionamento comunicacional das cinco melhores empresas para trabalhar, em 2018, no Brasil, da GPTW

Matheus Felipe Ferreira (UFRGS), Denise Avancini Alves (UFRGS)

Resumo: O trabalho apresenta alguns conceitos sobre diversidade e inclusão, bem como a importância da pluralidade social dentro de um contexto social, principalmente nas organizações. O objetivo deste artigo é analisar de que forma as cinco melhores empresas reconhecidas pela GPTW®, em 2018, se posicionam na questão da diversidade social, através de dois canais de comunicação: o site institucional e a rede social Facebook. A partir da pesquisa qualitativa, pôde-se diagnosticar a maturidade comunicacional dessas organizações no que tange à inclusão da diversidade. Além disso, foi possível fazer um exercício: reestruturar o ranking das cinco empresas na categoria “melhores empresas para trabalhar com a diversidade”. Os resultados encontrados evidenciaram que a inclusão da diversidade na estratégia comunicacional de uma empresa, contribui na construção da sua identidade e imagem organizacional.

Palavras-chave: Diversidade; Posicionamento; Comunicação; GPTW; Organização.

Inovação aberta em multinacionais brasileiras: um desafio de comunicação

Leila Gasparindo (USP)

Resumo: Este artigo baseou-se em pesquisa de campo para a ampliação da compreensão do papel que a gestão da comunicação e a diversidade tem no estabelecimento de uma cultura voltada à inovação em empresas brasileiras, principalmente para programas de inovação aberta. A metodologia identificou as determinantes da cultura organizacional e comunicação que influenciam o processo de inovação, usando como base teórica o framework de Martins e Terblanch (2003), os princípios da comunicação excelente (Grunig, 2009). A partir da análise e convergência desses referenciais teóricos, as principais conclusões apontam que a gestão da comunicação e a diversidade têm influência na cultura de inovação, principalmente no estabelecimento de estratégias na forma de promover o diálogo, reconhecer e envolver os públicos no propósito de inovação e na adoção de programas de inovação aberta.

Palavras-chave: Relações Públicas; Comunicação organizacional; Cultura de inovação; Inovação aberta.

Identidade, Pertencimento e Inclusão nas Migrações: Reflexões e Intersecções Teóricas para uma Liberdade Comum

Nayara Costa Nogueira (USP)

Resumo: O presente artigo propõe uma aproximação teórica sobre as noções de pertencimento e de inclusão circunscritas especialmente no pensamento dos teóricos Giorgio Agamben (2007) e Abdelmalek Sayad (1996) articuladas às noções de identidade cultural e de comunidade imaginada presentes nos estudos de Stuart Hall (2011). Tendo como ponto de partida a construção social da figura do migrante, conclui-se que, a própria formação de uma cultura nacional que condiciona os sujeitos à uma pertença natural e, portanto, a um sentido de comunidade, também é a mesma que legitima a marginalização e os estados de exceção jurídica a que os Estados lançam mão frente à ineficiência dos mecanismos de cerceamento à liberdade.

Palavras-chave: Migração; Pertencimento; Inclusão; Identidade.

Consultorias de treinamento intercultural: a comunicação na formação de profissionais em processos de internacionalização

Alana Carolina Gomes (Unesp)

Resumo: O presente trabalho objetiva entender como a comunicação intercultural é abordada nos treinamentos interculturais oferecidos no Brasil. Para tal, serão feitas entrevistas em profundidade com responsáveis por três empresas brasileiras que alegam fornecer esse tipo de treinamento. Em complemento as entrevistas, será realizada analise de conteúdo para identificar se os conteúdos trabalhados com os profissionais em processos de internacionalização estão alinhados com os princípios da comunicação intercultural a fim de promover, de fato, o desenvolvimento de competências interculturais, uma habilidade fundamental para os profissionais que vão atuar na sociedade globalizada.

Palavras-chave: Comunicação Intercultural; Interculturalidade; Treinamento Intercultural; Competências Interculturais.

Identidades plurais, visão singular: a articulação da comunicação em organizações no contexto global

Vanessa Rodrigues Puerta de Souza (FCL)

Resumo: Corporações multinacionais enfrentam o desafio de conciliar sua cultura organizacional e modelos de negócios com as práticas e modos de agir de cada região. O objetivo é verificar como os funcionários compreendem a relação entre os padrões institucionais com sua identidade, em um cenário permeado por tensões e contradições entre códigos culturais. Para tanto, foram entrevistados profissionais expatriados, brasileiros que trabalham no exterior e estrangeiros que trabalham no Brasil, para conhecer sua visão sobre relações de trabalho em ambientes interculturais. Os resultados sugerem que o funcionário estará sujeito às práticas contextualizadas no ambiente corporativo e às influências padronizadoras da cultura organizacional. Neste contexto, o respeito, o entendimento da alteridade e a tradução das distintas representações simbólicas, são chave para a comunicação na pós-modernidade.

Palavras-chave: Empresas multinacionais. Identidade. Organizações. Comunicação intercultural. Relações de poder.

Comprando o respeito: a expertise como moeda de troca nas empresas de auditoria externa

Ricardo Gonçalves de Sales (USP)

Resumo: Este artigo discute as questões de diversidade e inclusão no âmbito de uma firma de auditoria. A partir dos pressupostos das teorias de gênero e interseccionalidade, desenvolvemos um estudo qualitativo básico com o objetivo de compreender a experiência de sócias e sócios pertencentes aos seguintes grupos: mulheres, pessoas negras, com deficiência e LGBT, todos atuando em uma empresa que faz parte das Big Four. Adotamos a abordagem qualitativa de pesquisa ancorada no paradigma interpretativista. Os resultados mostram que, com a adoção de ações que promovem o respeito à diversidade, os entrevistados ganham mais segurança para atuar na área de auditoria externa e vislumbram a possibilidade de crescimento. No entanto, o ambiente de trabalho ainda é percebido como conservador, masculino e heteronormativo.

Palavras-chave: Diversidade nas Organizações; Interseccionalidade; Gênero e trabalho; Diversidade na Contabilidade.

Dia 09 de maio de 2019
Horário: 14h às 18h

Sessão 2: Visões interseccionais da comunicação intercultural nas organizações

Relações Públicas e o silêncio feminino nas organizações

Simone Cristina Dantas Miranda (USP)

Resumo: A presença das mulheres no mercado de trabalho tem sido muito debatida nas últimas décadas. Apesar do aumento de estudos nos últimos anos sobre políticas organizacionais de gênero, os resultados ainda demonstram que as mulheres são marcadas por estereótipos, preconceitos, abusos, violência, segregação e discriminação no mercado laboral. O objetivo do artigo é resgatar referências de estudos, discutir a violência organizacional de gênero e o silêncio feminino nas organizações, como que uma forma de comunicação adotada pelas mulheres, com base no contexto cultural. Analisamos a temática por meio das relações públicas, como atividade que pode dar voz às mulheres nesse contexto, ao analisar os cenários e, em seguida, colaborar para a construção de políticas de gênero que se transformem em oportunidades para as mulheres e permitam a equidade entre homens e mulheres no ambiente corporativo.

Palavras-chave: Silêncio feminino; Mulher; Diversidade de gênero; Relações públicas, Violência no trabalho.

O Silêncio dos Cidadãos do Outro Lado: um estudo sobre construção social da depressão no espectro do silenciamento organizacional

Talles Rangel Rodrigues (USP)

Resumo: A partir das Três Ecologias, delineadas por Guatarri (1989; 2012), este trabalho propõe uma discussão teórica estruturada em três pilares que permeiam os estudos de Comunicação Organizacional, a Psicologia Social e do Trabalho, bem como a Saúde Coletiva para refletir sobre uma abordagem comunicacional do adoecimento no âmbito organizacional. Parte-se dos estudos teóricos edificados pela corrente denominada Escola de Montreal que fornece subsídios para o pensamento dos fenômenos da Comunicação Organizacional. Em seguida, articulam-se os estudos ampliados sobre a concepção de cuidado, desenvolvidos por Ayres (2009; 2017) e as contribuições de Seligmann-Silva (2011) sobre trabalho e desgaste mental, especialmente as dimensões relacionadas à psicodinâmica do trabalho e as concepções integradoras das abordagens do desgaste.

Palavras-chave: Comunicação Organizacional; Silenciamento; Depressão; Adoecimento

O relacionamento das mulheres que lideram startups com seus públicos de interesse: sondagem no contexto brasileiro

Juliana Aparecida Galdino Gomes Wruck (USP)

Resumo: Este artigo apresenta os resultados parciais da dissertação de mestrado que propõe explorar as práticas de comunicação realizadas por mulheres que comandam startups brasileiras. O referencial teórico está embasado em autores como França (2008), Grunig (2011), Ferrari (2006 e 2011) e Kunsch (2014), que tratam da comunicação organizacional e de relacionamentos com públicos de interesse. Nesta primeira fase, 109 fundadoras de startups responderam a um questionário online. Com isso, foi possível entender um pouco o perfil das empreendedoras e analisar seu entendimento a respeito da comunicação e do relacionamento com seus públicos. Os primeiros dados apontaram dissonância entre o que preconiza a teoria e o que essas mulheres entendem sobre comunicação e relacionamento com públicos.

Palavras-chave: Relações de trabalho e gênero; Empreendedorismo feminino; Comunicação; Relações Públicas e Relacionamento com públicos.

O fator memorial na construção identitária dos negócios étnicos

Otávio Cezarin Avila (UFRJ)

Resumo:  O artigo realiza uma pesquisa exploratória sobre tradicionais restaurantes étnicos do Rio de Janeiro fundados por imigrantes. Analisados por seus sites oficiais, recorre-se ao estudo da memória e da comunicação intercultural complementando a análise do âmbito organizacional (interno) ao externo/público. Com o objetivo de analisar como esses negócios afirmam suas identidades na cidade moderna, plural e multifacetada, o artigo dá ênfase às memórias étnicas de fundação argumentando que elas materializam tais empreendimentos como lugares de memória ao mesmo tempo em que eles redefinem o espaço público a sua volta.

Palavras-chave: Interculturalidade; Imigração; Memória; Negócios étnicos; Rio de Janeiro.

Racismo em narrativas de reconhecimento na publicidade: recepção da campanha #weaccept da Airbnb em espaços digitais

Camila Bezerra Aragon (ESPM)

Resumo: O artigo aborda as narrativas da Airbnb, empresa global que oferece uma plataforma on-line de hospedagem, em sua campanha publicitária #weaccept, que “celebra” a diversidade cultural ao afirmar que todos têm direito de pertencer e serem aceitos por sua comunidade. Nosso objetivo foi interpretar como os receptores estabelecem interações com a campanha em espaços digitais no Brasil e Estados Unidos, dois contextos nacionais demarcados por trajetórias distintas de constituição das relações identitárias e raciais. Parte-se de uma discussão teórica acerca da globalização, multiculturalismo e lutas por reconhecimento. A metodologia da pesquisa é de caráter qualitativa, trata-se de um estudo de recepção das narrativas publicitárias da #weaccept veiculadas nas páginas estadunidense e brasileira da Airbnb no site de rede social Facebook. Os dados obtidos evidenciaram que a mesma mensagem da campanha produz percepções distintas nos dois contextos de recepção, havendo um ponto de convergência: as denúncias de discriminação racial vivenciadas por usuários da plataforma Airbnb. A despeito dessa convergência, as denúncias evidenciam também que as ressignificações da campanha pelos receptores estão conformadas pelas singularidades dos processos de constituição do racismo e das lutas raciais no contexto brasileiro, marcado pela mestiçagem, e norte-americano, caracterizado pela polarização racial.

Palavras-chave: Comunicação; Publicidade; Recepção; Reconhecimento; Racismo.

Comunicação e Comprometimento em programas de Compliance: interfaces teóricas e proposições

Maura Padula (PUC Campinas)

Resumo: Fundamentado pela literatura sobre comunicação, comprometimento e compliance, este artigo se propôs estudar as relações entre esses campos de conhecimento que ratificassem (ou não) a importância deste olhar multidisciplinar sobre os desafios de governança que as organizações enfrentam nesta era de superexposição. O trabalho foi estruturado em três partes, sendo a primeira dedicada à literatura sobre comunicação e comprometimento, a segunda dedica-se aos estudos sobre compliance e suas interfaces com a comunicação e a terceira faz uma análise das interfaces os dois tópicos anteriores, com reflexões e proposições, com a discussão de estratégias de comunicação reconhecidamente eficazes na gestão dos relacionamentos. Finaliza as discussões com proposição de estudos futuros.

Palavras-chave: Comunicação; Comprometimento; Compliance; Relações Públicas; Governança Corporativa.

GT 6. Comunicação digital, inovação e tecnologias

Coordenação: Profa. Dra. Carolina Terra (Universidade de São Paulo/USP)
Vice-coordenação: Profa. Dra. Gisela Maria Santos Ferreira de Sousa (Universidade Federal do Maranhão/UFMA)

Dia 08 de maio de 2019
Horário: 14h às 18h

Sessão 1: Discussões, teorizações e debates acerca de comunicação nas ambiências digitais

Opinião Pública em tempos de mídias sociais: midiatização, comunicação desintermediada m Memes

Carolina Frazon Terra (USP), Gisela Maria Santos Ferreira de Sousa (UFMA)

Resumo: Este artigo se propõe a discutir algumas questões relacionadas à opinião pública na sociedade midiatizada, caracterizada pela inserção dos processos relacionais tanto corporativos quanto pessoais nas mídias sociais, o que influi diretamente na formação da opinião pública. Trata-se de estudo de natureza exploratória, com base em breve revisão bibliográfica sobre os conceitos de Midiatização, Opinião Pública, Mídias Sociais e Bolhas Informativas.

Palavras-chave: Opinião Pública; Midiatização; Mídias Sociais; Bolhas Informativas; Memes

Big Data e Inteligência Artificial – Aliados na Detecção de Oportunidades e Crises

Dulce Margareth Boarini (PUC-SP)

Resumo: A exemplo de todos os setores da economia, o de comunicação corporativa também tem vivenciado disrupturas importantes em sua atividade, com impactos em todas as áreas, sejam a operacional, comercial e estratégica. O big data e a inteligência artificial, que começam a ter sua aplicabilidade popularizada, já passaram a fazer parte da rotina de várias agências, porém, com limitação. O estudo que se apresenta aqui resulta de uma proposta de trabalho lançada no congresso de 2018 e teve como foco a abordagem de casos de agências de comunicação corporativa que começaram a se valer do estudo de grandes dados para traçar estratégias de trabalho. Além de pesquisa qualitativa com executivos de duas agências, o estudo foi baseado em referencial teórico das áreas de comunicação organizacional e relações públicas e de tecnologia.

Palavras-Chave: Comunicação; Big data; Inteligência artificial; Agências de comunicação corporativa.

Reflexões sobre comunicação, visibilidade e organizações na era dos dados

João Francisco Raposo e Silva (ECA-USP)

Resumo: Neste trabalho, buscamos refletir sobre a dinâmica da chamada era dos dados, que opera através da captura de atenções dos usuários e da quantificação de nossas ações em um ambiente de mídia caracterizado pela digitalização. Através de um estudo bibliográfico, discutimos ainda sobre conectividade, visibilidade e engajamento para buscar compreender a lógica e o papel das organizações em tal panorama.

Palavras-chave: Comunicação; Visibilidade; Organizações; Dados.

Opinião Pública, Bots e Lobby: o papel da tecnologia na conversação pública

Patrícia Guimarães Gil (ESPM)

Resumo: O artigo propõe a reflexão sobre o avanço das tecnologias programadas para dirigir as conversações sobre temas que moldam o debate público, com potencial de influenciar decisões políticas. O tema, ainda pouco explorado no Brasil, é discutido aqui à luz dos estudos sobre opinião pública e sobre a artificialização de uma arena política cada vez mais midiatizada. A capacidade dos robôs (robots, em inglês, ou simplesmente bots) em ganhar a cena midiática e dirigir padrões conversacionais na esfera pública, especialmente quando usados por grupos de interesse em campanhas de lobby ou advocacy, é o foco do texto. Após sugerir uma análise crítica da opinião pública a partir de modelos, conclui-se que a proliferação dos bots na fabricação da opinião pública representa risco efetivo à democracia, especialmente quando a tecnologia se concentra nas mãos de grupos de interesse e de pressão.

Palavras-chave: Opinião pública; Bots; Lobby; Advocacy; Inteligência Artificial.

Sazonalidades e Posicionamento nas Mídias Sociais: Raça, Gênero e Sexualidade no Sistema Conferp

Taí­s Oliveira (UFABC)

Resumo: O artigo pretende analisar a comunicação institucional (KUNSCH, 2003) do sistema Conferp (Conselho Federal de Profissionais de Relações Públicas) e de suas regionais, os Conrerps (Conselho Regional de Profissionais de Relações Públicas), nas publicações em suas respectivas páginas no Facebook sobre datas comemorativas ou de memória. Analisamos, sobretudo, datas que tenham apelos sobre de temáticas como raça, gênero ou sexualidade. Para tanto, utilizamos metodologia qualitativa apoiada no método da análise de conteúdo (BARDIN, 2011) para observar criticamente as publicações sob a luz da diversidade nas organizações (MUNANGA, 2014; MOURA, 2016; COELHO JR, 2015) e interseccionalidade (VARDEMAN-WINTER & TINDAL & JIANG, 2013; AKOTIRENE, 2018). Dessa maneira, pretendemos responder a seguinte problemática: De que forma o sistema Conferp tem abordado datas sazonais com apelos à diversidade e interseccionalidade? Como resultados encontramos aspectos que precisam ser observados com atenção e planejamento por parte dos produtores de conteúdo do objeto analisado.

Palavras-chave: Posicionamento; Diversidade; Interseccionalidade; Mídias Sociais; Comunicação Institucional.

A compreensão dos Arquétipos no Instagram

Greta de Oliveira (UPF)

Resumo: O presente trabalho faz uma reflexão sobre o estudo da construção do inconsciente coletivo do pesquisador Jung (2000) através da indicação dos arquétipos presentes na sociedade e como eles se apresentam e se constroem na rede social Instagram. O objetivo deste trabalho é compreender a formação do inconsciente coletivo e alguns arquétipos, identificados por Jung, considerando a lógica da construção de conteúdos e da interação com a rede social Instagram, está divido em três sessões e tem como metodologia a análise bibliográfica.

Palavras-chave: Arquétipos; Inconsciente Coletivo; Instagram; Jung.

Dia 09 de maio de 2019
Horário: 14h às 18h

Sessão 2: Comunicação digital, práticas, aplicações e casos

O Uso de Sites de Redes Sociais Corporativas como Ferramenta para Gestão do Conhecimento nas Organizações

Tonia Keiserman Lempke (UFRGS)

Resumo: A gestão do conhecimento nas empresas é uma ferramenta para ganhar competitividade e alavancar resultados. Para que a gestão do conhecimento seja eficaz, é necessário que a empresa disponha de ferramentas e práticas que estimulem a disseminação do conhecimento. Neste sentido, os sites de redes sociais corporativas se apresentam como facilitadores do processo de gestão do conhecimento nas organizações. Suas funcionalidades incentivam a cooperação e a interação, estimulando a criação e uso de comunidades de usuários unidos por interesses mútuos. Este estudo faz uma revisão conceitual de gestão do conhecimento e redes sociais online e propõe a aplicação de dois questionários: um para checar a maturidade organizacional para o uso de site de rede social corporativa, e outro a fim de avaliar quais ferramentas no uso pessoal das redes sociais podem apoiar o compartilhamento de conhecimento.

Palavras-chave: Compartilhamento do Conhecimento; Comunicação Organizacional; Gestão do Conhecimento; Redes Sociais Corporativas.

Crises geradas por influenciadores digitais: propostas para prevenção e gestão de crises

Issaaf Santos Karhawi (USP)

Resumo: A parceria entre marcas e influenciadores digitais já faz parte do planejamento estratégico de comunicação paga ou espontânea das organizações. Algumas delas, no entanto, podem se tornar um risco para a reputação das empresas, especialmente no ambiente digital. Assim, o objetivo deste trabalho é discutir situações de crises protagonizadas por influenciadores, analisando o impacto das crises de imagem com a opinião pública e com consumidores de marcas parceiras desses influenciadores. Ao longo do trabalho, são discutidos conceitos sobre gestão de crises no ambiente digital e algumas ações de prevenção de crises geradas por influenciadores digitais.

Palavras-chave: Gestão de crise; prevenção; reputação; influenciadores digitais; organizações.

O Uso de Mídias Sociais por Instituições Privadas de Ensino Superior em São Luís-MA: uma Análise de Conteúdo em Fanpages do Facebook 

Pablo Ricardo Monteiro Dias (UFMA)

Resumo: O advento da sociabilidade em rede instaurou novas possibilidades de interação entre as organizações e seus públicos. Nas páginas virtuais do Facebook encontramos um ambiente propício para a investigação de como ocorrem esses movimentos discursivos no ciberespaço. Neste estudo, apresentamos os resultados da análise de fanpages de três instituições privadas de ensino superior em São Luís, durante o período de um semestre letivo. A análise nos permite sugerir o monitoramento dessas comunidades como ferramenta para direcionar a elaboração de estratégias comunicacionais e mercadológicas.

Palavras-chave: Mídias Sociais; Comunicação Organizacional; Instituições Privadas de Ensino Superior; Relacionamento.

Bancos de imagens em conteúdo nas mídias sociais: entre (in)visibilidade e autenticidade

Daniele Cristine Rodrigues (USP), Tarcízio Roberto da Silva (UFABC)

Resumo: O presente artigo busca reunir informações e reflexões sobre um ponto específico da cadeia de produção de conteúdo para mídias sociais: o uso de bancos de imagens na comunicação de marcas. Criados no início no século XX, os bancos de imagens influenciaram os campos da produção editorial, publicitária e midiática como um todo. Nos últimos anos, graças ao modelo de microstock e à disseminação das mídias sociais, os sites de venda ou aluguel de imagens ganham espaço e relevância nas culturas visuais corporativas. O texto apresenta, por meio de levantamento de trabalhos e casos relacionados a bancos de imagens, reflexões sobre aspectos produtivos do uso desses acervos no cotidiano de profissionais e sua relação com o conceito de autenticidade.

Palavras-chave: bancos de imagens; mídias sociais; conteúdo para marcas; imagem.

Vitrine virtual: Análise da comunicação de uma marca de moda no Instagram

Orlando Costa Gonçalves Júnior (IBMEC/ RJ)

Resumo: As organizações são protagonistas no mundo atual, presentes em todos os segmentos. Diante das transformações da sociedade, elas buscam junto aos públicos de interesse estabelecer uma comunicação que auxilie a conquista de seus objetivos. Para isso, dentre outras ações, lançam mão da internet? com destaque para as mídias sociais, considerando aspectos como alcance, velocidade, custo e interação. No setor de varejo de moda, essa dinâmica também ocorre e estimula o relacionamento de marcas com o público. Este trabalho, de caráter exploratório e qualitativo, buscou verificar de que forma a marca maranhense de moda Santê se comunica com consumidores por meio do aplicativo Instagram. O estudo apontou que essa plataforma virtual é utilizada intensamente não só para apresentar produtos, mas também para abrir espaços ao relacionamento com clientes.

Palavras-chave: Marca; Moda; Mídias Sociais; Instagram.

De colaboradores a agentes digitais de reputação da marca: o caso “Essa Coca é Fanta, e daí?”

João Guilherme de Melo Peixoto (UNICAP), Sabrina Medeiros Wanderley de Queiroz (UNICAP)

Resumo: Este artigo apresenta aspectos relacionados aos impactos nos ambientes organizacionais e na reputação causados pela incorporação de novos formatos de produção e consumo de conteúdo digital dentro das empresas. Pode-se afirmar que novos hábitos de consumo de informação, se compreendidos e valorizados pelas empresas, podem ajudar a aproximar os colaboradores, transformando-os em agentes de reputação da marca. Como objeto de análise, foi selecionado o case “Essa Coca é Fanta, e daí?”, desenvolvido em 2017.

Palavras-chave: Comunicação Interna; Endomarketing; Mídias Digitais; Reputação.

A comunicação Integrada e o varejo: uma análise das redes sociais de Pão de Açúcar, Carrefour e Mambo.

Pedro Arthur Nogueira (Cásper Líbero)

Resumo: Os principais varejistas brasileiros perceberam que a utilização das redes sociais digitais tem importância para apresentar seus produtos, criar promoções exclusivas ou promover uma conversa direta com o consumidor. Esse fenômeno é percebido nas principais plataformas sociais e nas comunicações dos supermercados, que serão pesquisados nesse artigo: Pão de Açúcar, Mambo e Carrefour. A cibercultura, a cultura de convergência e dialogia digital aliadas as mais recentes técnicas de marketing digital parece que chegam de vez ao cenário varejista brasileiro. A ideia de ter acesso ao cliente a distância de um clique é algo novo para o varejo e seria normal uma atuação mais tímida dos aplicativos e, portanto, não utilizar na totalidade os potencias digitais de diálogo e comunicação. A comunicação institucional é pouco explorada e, em certa medida, pode demonstrar que o foco é na comunicação mercadológica e não na institucional ou no relacionamento. O que se percebe, inicialmente, é um potencial de ambiente comunicacional que vai além da promoção de produtos.

Palavras-chave: Redes sociais digitais; Comunicação Integrada; Cibercultura; Comunicação digital; Varejo.

GT 7. Teorias, metodologias e práticas de ensino das Relações Públicas e da Comunicação Organizacional

Coordenação: Prof. Dr. Esnél José Fagundes (Universidade Federal do Maranhão/UFMA)
Vice-coordenação: Profa. Dra. Claudia Peixoto de Moura (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul/PUCRS)

Dia 08 de maio de 2019
Horário: 14h às 18h

Sessão 1: Formação acadêmica: ensino e pesquisa

Comunicação, Teorias, Ensino: um breve relato da trajetória de um grupo de pesquisa

Esnél José Fagundes (UFMA), Cláudia Peixoto de Moura (PUC-RS)

Resumo: O presente relato foi elaborado com o objetivo de traçar a trajetória da temática relacionada ao ensino e às teorias, à formação e à fundamentação, às metodologias e à história da área nos congressos da Abrapcorp, sendo seus registros uma contribuição para a memória do Grupo. A exposição de uma cronologia da temática nos eventos da Associação é apresentada considerando a denominação e a ementa do Grupo no decorrer de mais de uma década. O breve texto demonstra as modificações ocorridas, no período de 2007 a 2019, compondo os Anais juntamente com os artigos selecionados. O relato da memória está ancorado nos registros históricos obtidos a partir de uma pesquisa realizada na documentação existente na Associação a respeito da temática. Portanto, constitui-se no texto da abertura da publicação dos artigos selecionados neste ano, referentes ao Grupo de Trabalho do Congresso da Abrapcorp.

Palavras-Chave: Comunicação; Ensino; Teorias; Metodologias; Pesquisa; História.

O currículo no curso de Relações Públicas: reflexões a partir das novas DCNs.
Paula Franceschelli de Aguiar Barros (FECAP / PUC – SP)
Resumo: O trabalho apresenta uma discussão em torno das novas diretrizes curriculares (Parecer CNE/CES 85/2013) proposta para o curso superior de relações públicas. A discussão faz-se em torno de alguns tópicos considerados controversos, a partir de uma vivência pessoal da autora, para a implantação da matriz curricular do Curso de Relações Públicas da FECAP. A reflexão apresentada se sustenta a partir de estudos e leituras sobre a área de Educação, especificamente, a teoria e conceitos de Currículo.

Palavras-Chave: Currículo; Relações Públicas; Diretrizes Curriculares Nacionais DCNs.

O ensino de Relações Públicas e as contribuições das Diretrizes Curriculares Nacionais: possíveis olhares teóricos

Marcelo de Barros Tavares (Uniritter – RS / PUCRS)

Resumo: O presente artigo discute o ensino de Relações Públicas e as contribuições das Diretrizes Curriculares Nacionais, e suas intersecções com os possíveis olhares teóricos. A reflexão emerge da análise do caráter educativo da práxis da atividade (TAVARES, 2018), uma vez que o ensino é responsável pela prática da função na sociedade. O objetivo deste texto está centrado em compreender o marco regulatório do ensino da profissão a partir de três vertentes teóricas: os estudos da excelência (GRUNIG, 2003, 2011, 2013), a função política (SIMÕES, 1995, 2001, 2009) e a teoria crítica e humanista (PERUZZO, 1986, 1998, 2013). Os resultados obtidos demonstram que as teorias elencadas estão presentes na normativa que orienta a formação de Relações Públicas, e que a sua atuação na sociedade está diretamente ligada com o seu ensino.

Palavras-Chave: Diretrizes Curriculares Nacionais; Ensino; Função Política; Relações Públicas.

Da teoria à prática: uma análise do núcleo de Relações Públicas da Agência INQ a partir da Função Política e das Diretrizes Curriculares Nacionais.

Bruno César Silva (PUCRS)

Resumo: O artigo discute as contribuições das Diretrizes Curriculares Nacionais e sua interseção com o olhar teórico da função política (SIMÕES, 1987, 1995). A reflexão emerge da análise de agências experimentais para a revisitação da teoria e equivalências com o que propõe as diretrizes, já que o ensino é o agente da prática da função na sociedade (TAVARES, 2018). Os resultados obtidos demonstram que a função política está presente na normativa formativa de Relações Públicas, porém as DCNs não estão integralizadas às atividades da agência INQ.

Palavras-Chave: Relações Públicas; Agências Experimentais de Relações Públicas; Diretrizes Curriculares Nacionais; Função Política.

Desafios e perspectivas no ensino universitário de Relações Públicas: percepções de coordenadores e docentes sobre ensino-aprendizagem
Maria Aparecida Ferrari (USP)

Resumo: A pesquisa examinou o cenário dos cursos de Relações Públicas no Brasil. Estudos preliminares (Ferrari, 2015a) mostraram lacunas na formação dos estudantes para a prática do ensino, assim como na preparação pedagógica dos docentes de disciplinas específicas de Relações Públicas. A metodologia constou da revisão da literatura, classificação dos cursos de RP do país, aplicação de survey a docentes e coordenadores dos cursos e entrevistas com amostra dos respondentes. Os resultados mostraram diferenças no nível de estrutura, ensino e práticas entre universidades públicas e privadas; apesar da maioria dos coordenadores e professores se inclinar à concepção pedagógica contemporânea, as práticas são caracterizadas pelo ensino tradicional; as competências, enfatizadas nas Diretrizes Curriculares são pouco utilizadas, também é necessário promover a interdisciplinaridade no currículo na sociedade global.

Palavras-chave: Didática; Relações públicas; Competências; Ensino-aprendizagem; Ensino-universitário.

Dicionários brasileiros de comunicação: uma contribuição para o ensino e a popularização da ciência

Patrícia Milano Pérsigo (UFSM), Daiane Scheid (UFSM), Jones Machado (UFSM)

Resumo: Este artigo aborda o tema da popularização da ciência, propondo-se a discuti-la na área da comunicação. Para tanto, mapeia a produção de dicionários brasileiros na área, visando conhecer a elaboração e formas de acesso a essas obras. Apresentamos uma revisão conceitual, distinguindo as expressões vulgarização científica, divulgação da ciência, alfabetização científica e, finalmente, popularização da ciência. Reflete também a respeito dos locais institucionalizados de discussão e compartilhamento do conhecimento científico em Comunicação, como as Associações de pesquisadores. Neste sentido, promove um debate desses entendimentos à luz do mapeamento dos dicionários brasileiros em comunicação, indagando que tipo de contribuição promovem para a popularização da ciência. Verificamos que as obras mapeadas, instrumentos relevantes para o ensino acadêmico e a formação profissional, mostram-se pouco acessíveis, na maioria das vezes somente à venda. Esse cenário caracteriza-se muito mais pela divulgação desse conhecimento em detrimento da popularização da ciência, conforme explicam os autores consultados.

Palavras-Chave: Vulgarização da ciência; Divulgação científica; Alfabetização científica popularização da ciência; Dicionários de comunicação.

Formação acadêmico-profissional na área de Comunicação: as competências como elemento conceitual dessa relação

Juliane Martins (USP)
Resumo: Uma visão contemporânea de educação desloca o foco do ensino para a aprendizagem do estudante, valorizada numa abordagem por competências, que entende a necessidade da pessoa mobilizar saberes para resolver problemas em determinado contexto. Essa característica das competências aproxima a formação acadêmica do mundo do trabalho e tem sido norteadora de políticas nacionais de educação superior. As diretrizes curriculares de um curso indicam que o perfil profissional deve ser pensado em termos de competências a se manifestarem no egresso, corroborando as últimas diretrizes de cursos da área de Comunicação. No entanto, resultados recentes de pesquisa de Ferrari (2018) mostraram que, em cursos de Relações Públicas, há dificuldade de compreensão conceitual e operacional das competências, que exigem mudanças nos processos de ensino-aprendizagem.

Palavras-chave: Formação acadêmico-profissional; Diretrizes curriculares; Competências; Projeto pedagógico de curso; Processo ensino–aprendizagem.

Dia 09 de maio de 2019
Horário: 14h às 18h

Sessão 2: Convergências teóricas e estratégias.

Epistemología de las relaciones públicas. Teorías y enfoques prevalentes en el dominio intelectual global desde 1980

Gabriel Sadi (UAI)

Resumo: Desde 1980, el dominio intelectual global de las relaciones públicas ha generado un cúmulo de teorías y enfoques generales que se caracterizan por su diferente naturaleza, presupuestos epistemológicos y tradiciones de investigación. En este trabajo, a partir de una revisión bibliográfica basada en el criterio de citación en Google Scholar, se sistematizan los quince principales constructos, sus tensiones y contradicciones internas y externas y se identifica la corriente a la que suscribe cada uno-funcionalista, interpretativa, crítica o posmoderna.

Palavras-Chave: Relaciones públicas; Dominio intelectual; Epistemología; Teorías.

Fake News nas estruturas latino-americanas de comunicação e relações públicas: resultado do Latin American Communication Monitor 2018-2019.

Andreia Silveira Athaydes (Ulbra)
Resumo: Este artigo traz resultados parciais da edição 2018-2019 do Latin American Communication Monitor, conduzido pela European Public Relations Education and Research Asociation (Euprera). Seu objetivo é acompanhar a rotina das estruturas de comunicação e relações públicas e sua evolução em diferentes países, com o intuito de identificar tendências e colaborar para qualificação dos profissionais. Na edição atual, o tema principal é fake news. Com 1.165 respostas consideradas válidas e dentro do perfil do público-alvo, destaca-se que muito embora os profissionais de comunicação estejam acompanhando as discussões sobre fake news (mais de 60%), apenas 26% das organizações já implementaram diretrizes e rotinas formais para lidar com as notícias falsas e somente 7,2% têm instalado tecnologias e sistemas específicos para identificá-las. São as organizações governamentais que dizem ser as mais atingidas por esse fenômeno: 37,2%, e, daquelas que já foram atingidas, 49,7% confia nas competências individuais de sua estrutura de comunicação para resolver o problema.

Palavras-Chave: América Latina; Comunicação Estratégica; Fake News; LCM;  Relações Públicas.

Nativos Digitais e a Pesquisa em Relações Públicas em Ambientes On e Off-line.
Emanuelle Rodrigues (UFPE)
Resumo: A proposta deste trabalho consiste em discutir o papel da Pesquisa em Relações Públicas em contextos de expansão das funções das redes sociais digitais e da emergência de uma geração de nativos digitais no mercado de trabalho. Com base em uma revisão bibliográfica sobre Pesquisa na área, apresenta-se uma discussão sobre a importância do desenvolvimento e aprimoramento de técnicas de coleta e análise de dados em ambientes on e off-line na produção de informações para as organizações e a sociedade. Por fim, o trabalho busca ensejar uma discussão sobre como essas práticas têm incidido no campo acadêmico.

Palavras-Chave: Pesquisa; Pesquisas on e off-line; Relações Públicas; Internet; Nativos digitais.

As redes sociais aliadas às práticas docentes de Relações Públicas
Bruna Teixeira Santos (Uniritter – RS)
Resumo: O presente artigo reflete sobre as possibilidades das redes sociais online como aliadas da prática docente, num contexto da sociedade de rede (CASTELLS, 2003). Parte-se do pressuposto que a utilização das redes sociais na educação pode ser assertiva desde que a apropriação seja adequada. Ancorado na pesquisa documental e bibliográfica (STUMPF, 2012), o texto discute os conceitos de redes sociais (TERRA, 2011; RECUERO, 2012) e mídias sociais (ALTERMANN, 2010). Posteriormente, há o relato de uma prática docente, mediada pelas redes sociais, que ancorada na taxonomia de Bloom (ANDERSON et al.,2001), constata que é necessário a integração dos professores com a tecnologia, em face à formação profissional da área.

Palavras-Chave: Docência; Ensino; Redes sociais; Relações Públicas; Taxonomia.

As convergências da função política de Relações Públicas e comunicação política no ambiente digital

Manuella Noschang Lopes da Silva (PUCRS)

Resumo: Este artigo estuda as convergências da função política de relações públicas, assim entendida devido à sua responsabilidade de gerenciar os relacionamentos organizacionais com o intuito de influenciar comportamentos, e da comunicação política nas ambiências digitais, sendo estas as formas predominantes de comunicação, tanto entre pessoas, como entre estas e organizações públicas ou privadas. Sabendo que os agentes políticos também estão se comunicando com os cidadãos utilizando as redes digitais, o estudo aponta que as características da comunicação digital contribuem para o planejamento estratégico de relações públicas, atendendo à sua função política de influenciar comportamentos, visto que esses atributos favorecem a interatividade e descentralização do poder, estimulando os cidadãos a exercerem o contrapoder, influenciando também nas ações do Estado.

Palavras-Chave: Relações Públicas; Função política; Influência; Comunicação digital; Comunicação política.

Metodologia na pesquisa empírica em comunicação organizacional digital: estratégias sócio-técnica-discursivas
Elisangela Lasta (UFRGS)
Resumo: Como os atores organizacionais estão constituídos no fazer/existir/representar nos e pelos ambientes digitais a partir do dizer/publicizar, logo nos põe a pesquisar essa conjuntura nas áreas das relações públicas e da comunicação organizacional. E, em consequência, a articularmos uma proposta de metodologia na pesquisa empírica em comunicação organizacional digital (objetivo deste artigo). Para tanto, a metodologia está fundamentada na pesquisa empírica em comunicação e fundamenta-se por meio de um plano prático com indicações de métodos visando ao estudo das estratégias sócio-técnica-discursivas empreendidas nos ambientes digitais das organizações mediante a reflexão das operações discursivas na produção de sentidos com formações relacionais e/ou vinculativas.

Palavras-Chave: Metodologia; Pesquisa empírica; Comunicação organizacional; Comunicação digital; Estratégias sócio-técnica-discursivas.

Dia 09 de maio de 2019
Horário: 14h às 18h


Sessão 3:
 Atuação, atividades e perfil profissional.

Profissional de Relações Públicas nas assessorias de comunicação de Manaus (AM): perfil, mercado e atuação

Jonas da Silva Gomes Junior (UFAM)

Resumo: A proposta do artigo é apresentar a pesquisa sobre o perfil e atuação do profissional de Relações Públicas que atua em Assessorias de Comunicação na capital do Amazonas, Manaus. Propõe-se durante o trabalho uma discussão sobre a dimensão estratégica das Assessorias de Comunicação que precisam estar alinhadas aos objetivos das organizações. Antes de expormos os resultados da pesquisa, apresenta-se um panorama sobre o mercado de RP local e os desafios existentes nas Assessorias de Comunicação. Para a realização da pesquisa foram entrevistados 16 profissionais de Relações Públicas que atuam em Assessorias de Comunicação. Os resultados da investigação apontam resultados sobre o perfil profissional, o uso de ferramentas e a gestão das Assessorias de Comunicação em Manaus.

Palavras-Chave: Assessorias de Comunicação; Relações Públicas; Amazonas; Manaus.

Memória institucional e sua possibilidade educativa: análise da revista O Sucesso do grupo Claudino.

Keynayanna Kessia Cosya Fortaleza (PUCRS)

Resumo: Nos últimos anos, observamos o desenvolvimento e a expansão de duas áreas de conhecimento. Cada uma, à sua maneira, conquista espaço nas organizações brasileiras: a Memória Institucional e a Educação. A Memória Institucional, desde a década de 1980, firma-se nos ambientes corporativos, através da consolidação de projetos e de produtos memorialísticos. Já a Educação, através da utilização da comunicação como um processo educativo, visa ao desenvolvimento de novas formas de expressão e difusão do saber, proporcionando novos papéis para os meios de comunicação. Nossa pesquisa foi realizada junto a um conglomerado empresarial que surgiu, na década de 1950, na região Nordeste do Brasil: o Grupo Claudino. Sediado em Teresina, capital do estado do Piauí, a organização começou a investir em produtos de memória com a elaboração da sua primeira mídia institucional, a revista O Sucesso, lançada em 1972. O principal objetivo do nosso estudo é interpretar o papel da revista O Sucesso na construção da memória do Grupo Claudino, bem como seu viés educativo, partindo da relação estabelecida entre as seguintes temáticas: Memória Institucional, Mídia e Educação. A investigação possui caráter bibliográfico e documental, com abordagem quanti-qualitativa, tendo como método a Hermenêutica de Profundidade de Thompson (2009), e a técnica de Análise de Conteúdo, proposta por Bardin (1977). Pretendemos, com nossa investigação científica, contribuir para o debate acerca da atuação desempenhada pelas mídias institucionais, nos ambientes empresariais brasileiros, proporcionando novos olhares e possibilidades para a Memória nas Organizações.

Palavras-Chave: Comunicação; Memória; Educação; Mídias; Grupo Claudino.

A Metáfora da Bacia Hidrográfica e a comunicação estratégica nas organizações

Camila Cruz Froes Berbel (Unesp), Ana Beatriz Grandini Casali da Silva (Unesp), Candice da Silva Quincoses (Unesp)
Resumo:
 O artigo tem como objetivo investigar as semelhanças e diferenças entre a bacia hidrográfica e as organizações. Para isso, a pesquisa examina como acontecem os relacionamentos dentro das organizações e propõe uma comunicação estratégica que respeita a diversidade, interage com os públicos e baseia-se na comunicação como produtora da organização. Como método de pesquisa foi feita uma pesquisa exploratória, por meio de levantamento bibliográfico de livros, artigos e documentos. Observa-se com o estudo que a perspectiva da metáfora da bacia hidrográfica pode representar a comunicação organizacional estratégica na medida em que valoriza e preserva as diferentes identidades e relações entre os públicos.

Palavras-Chave: Diversidade; Comunicação organizacional estratégica; Relacionamento; Bacia hidrográfica.

Unidade Básica de Saúde, como vai sua arquitetura comunicacional?

Sandra Nunes Leite (UFAL), Naira Leite Batista (UFAL)

Resumo: O artigo apresenta resultados de pesquisa inserida no Programa de Pesquisa para o SUS. Concentra-se na análise dos relacionamentos de Unidades Básicas de Saúde em municípios alagoanos, percebendo a comunicação na arquitetura organizacional, os princípios da Política Nacional de Humanização e teorias das Relações Públicas. Diante de opiniões sobre saúde pública na mídia brasileira, buscou compreender os movimentos da atenção básica a qual é considerada a porta de entrada para a rede de saúde pública. Desenhou, a partir do entendimento da Unidade na sua arquitetura organizacional, eixos de sondagens, interpretação e análise para aplicação do modelo de Relações Públicas estratégicas. Evidenciou, entre outros aspectos, que as Unidades pesquisadas não se percebem como organizações e concentram-se em cumprir metas de produtividade para a Secretaria de Saúde.

Palavras-Chave: Comunicação organizacional; relações públicas; comunicação e saúde; PPSUS.

Aproximações e diferenças das abordagens da comunicação organizacional e administração: análise comparativa de artigos apresentados nos Congressos Abrapcorp e EnANPAD (2008-2017)

Marcela Vouguinha Cunha (PUC Minas)
Resumo: Este artigo é parte da dissertação de mestrado apresentada em 2019 e aborda o percurso metodológico desenvolvido na metapesquisa em comunicação organizacional que revisa as abordagens teórico-conceituais do campo e reflete sobre as interfaces com a administração. Propõe-se entender as proximidades e diferenças dos campos a partir de artigos selecionados que foram apresentados nos congressos científicos da Associação Brasileira de Pesquisadores de Comunicação Organizacional e de Relações Públicas (Abrapcorp) e nos Encontros da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Administração (EnANPAD) no período de 2008 a 2017. Buscou-se compreender como se estabelece a interface comunicação/administração e em que medida os autores e conceitos da comunicação são referenciados nos artigos da administração. Os resultados auxiliam a reflexão sobre o entrecruzamento dos campos.

Palavras-Chave: Comunicação Organizacional; Administração; Interface; Conceituação.

A função política e a teoria de opinião pública: convergências e divergências

Scarlet Alencastro Vanin Dutra de Souza (PUCRS)

Resumo: O presente artigo reflete sobre as convergências da teoria da função política (SIMÕES, 1995) e opinião pública (LIPPMANN, 2008), partindo da conceituação lógica de públicos (FRANÇA, 2012) nos contextos organizacionais. Por meio de um recorte teórico de conceitos para a análise da práxis de relações públicas, o texto está ancorado na pesquisa bibliográfica (STUMPF, 2012) como procedimento metodológico. Entre os principais resultados encontrados, estão as convergências no que diz respeito à aproximação da conceituação de públicos e função política, especialmente no que tange sua organização, bem como o fato de ambas serem complementares no que diz respeito à legitimação das relações públicas enquanto profissão e atividade, visto que esta só é possível em virtude dos públicos envolvidos e da opinião pública em si.

Palavras-Chave: Organizações; Opinião Pública; Relações Públicas; Teorias de Relações Públicas.

Discussões epistemológicas sobre Relações Públicas a partir do contexto da mineração brasileira

Fabia Pereira Lima (UFMG)

Resumo: Esse trabalho parte da contextualização do tema da Licença Social para Operar (LSO), inserindo-o numa reflexão epistemológica das Relações Públicas e do ambiente minerário brasileiro, como um exercício sobre a conformação da LSO como um objeto de Relações Públicas (RP). Nos últimos anos, tem sido crescente o interesse acadêmico por esse termo muito difundido no mundo corporativo, que compreende o apoio concedido a uma empresa em seus empreendimentos, para que possam operar em determinadas comunidades, especialmente no âmbito das indústrias extrativistas. O que o trabalho pretende mostrar é que, apesar das muitas aproximações possíveis entre LSO e RP, um olhar específico de RP conforma questões que vão além das relações diretas entre as organizações e seus públicos, levando a reflexões sobre o papel das organizações e das RP nos sistemas deliberativos. Metodologicamente, realizou-se a revisão de um conjunto de textos, selecionados com base na relevância para o debate proposto.

Palavras-Chave: Relações Públicas; Licença Social para Operar; Mineração; Epistemologia; Sistemas deliberativos.